Concentração de flúor nas águas de abastecimento público de municípios da região noroeste do estado de São Paulo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Journal of Applied Oral Science

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-10

RESUMO

Municípios de pequeno e médio porte podem ter dificuldades em realizar o controle da adição de flúor nas águas de abastecimento público em função da falta de infra-estrutura laboratorial e técnica. Este estudo realizou análises do teor de flúor das águas de abastecimento de 40 municípios situados na região noroeste do estado de São Paulo, durante 6 meses, para verificar se a adição ocorre de forma contínua e se os teores adicionados encontram-se dentro dos parâmetros recomendados. Mapas com a rede de distribuição de água dos municípios foram solicitados e utilizados para definir as regiões de coleta e sortear os endereços dos pontos, de forma que abrangessem todas as fontes de água tratada. Uma amostra de água de cada ponto foi coletada por mês e analisada em duplicata pelo método íon-eletrodo específico. Amostras com 0,6 a 0,8 mg F/L foram consideradas aceitáveis. Nos 38 municípios que enviaram as amostras regularmente nos 6 meses de estudo, a água de 144 pontos foi coletada, perfazendo um total de 864 amostras analisadas, das quais 61,81% foram classificadas como inaceitáveis. Constatou-se que 33 destes municípios realizavam a fluoretação, sendo que em 78,79% deles as concentrações de flúor variavam entre os pontos e no mesmo ponto ao longo do período. Pode-se concluir que a maioria destes municípios não mantém controle adequado sobre os níveis de flúor em sua água, pois a adição de flúor ocorre de forma descontínua e na maioria das vezes em teores fora dos parâmetros recomendados.

ASSUNTO(S)

fluoretação da água flúor fluoretação sistêmica saúde bucal

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