Complicações após pancreatectomias: estudo prospectivo após as novas classificações GIEDFP e GIECP
AUTOR(ES)
Amico, Enio Campos, Alves, José Roberto, João, Samir Assi, Guimarães, Priscila Luana Franco Costa, Barreto, Élio José Silveira da Silva, Barreto, Leonardo Silveira da Silva, Costa, Paulo Renato Leal, Medeiros, Joafran Alexandre Costa de
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-09
RESUMO
RACIONAL: No Brasil existe escassa publicação científica destinada à divulgação dos resultados das ressecções pancreáticas. OBJETIVO: Apresentar os resultados cirúrgicos das ressecções pancreáticas. MÉTODOS: Analisou-se prospectivamente 54 casos consecutivos de pacientes submetidos à pancreatectomias. Foi avaliada a ocorrência de complicações pós-operatórias (fístula pancreática, retardo do esvaziamento gástrico e hemorragia pós-operatória) fundamentadas nos critérios dos Grupos Internacionais de Estudo sobre a Definição de Fístula Pancreática e de Cirurgia Pancreática. RESULTADOS: Das 54 pancreatectomias, 32 foram realizadas em mulheres (59,26%) e 22 em homens (40,74%). A média de idade dos pacientes foi de 54,5 anos. O procedimento mais praticado foi à cirurgia de Whipple em 38 pacientes. Em oito destes, houve ressecção do eixo mesentérico-portal. O tempo médio de internação foi de 20,7 dias. A maioria dos pacientes (51%) esteve internada por até 10 dias. A fístula pancreática foi observada em 50% da amostra em 44,7% dos pacientes submetidos à operação de Whipple. O sangramento pós-operatório e o retardo do esvaziamento gástrico nos pacientes submetidos à essa operação ocorreram, respectivamente, em 13,15% e 18,41%. Na amostra a taxa global de morbidade e mortalidade foi respectivamente de 62,9% e 5,5%. CONCLUSÃO: Há necessidade das publicações nacionais assimilarem os conceitos e critérios apresentados pelas classificações GIEDFP e GIECP para permitir a comparação dos resultados obtidos com o tratamento cirúrgico de doenças pancreáticas, no contexto brasileiro. Quem sabe, se o grande avançado visto nos últimos 40 anos em termos de redução das taxas de mortalidade associadas com ressecções pancreáticas também pode ocorrer com os níveis persistentemente elevados de complicações pós-operatórias.
ASSUNTO(S)
pancreatectomia pancreaticoduodenectomia complicações pós-operatórias
Documentos Relacionados
- Novas tecnologias, novas complicações: complicações após uso de novos dispositivos de selamento e de trombectomia arterial
- Estudo prospectivo das complicações biliares e fatores de risco associados apos o transplante hepatico ortotopico em adultos
- Depressão após revascularização do miocárdio: um estudo prospectivo
- Moxifloxacino intracameral após cirurgia da catarata: estudo prospectivo
- Estudo prospectivo das complicações da Doença de Kawasaki: análise de 115 casos