Comparação entre exames de imagem e achados operatórios em doadores para transplante hepático intervivos
AUTOR(ES)
Freitas, Alexandre Coutinho Teixeira de, Godoy, José Luiz de, Matias, Jorge E. Fouto, Stadnik, Lucinei Geraldo, Coelho, Júlio Cezar Uili
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-12
RESUMO
RACIONAL: No transplante hepático intervivos a anatomia da tríade portal e da drenagem venosa hepática do doador são de suma importância para o sucesso do procedimento. OBJETIVO: Analisar comparativamente os achados de exames de imagem no pré-operatório com os achados cirúrgicos em relação à anatomia da tríade portal e veias de drenagem hepática em doadores para transplante hepático intervivos. MÉTODOS: No período de março de 1998 a agosto de 2005 foram revisados os prontuários dos doadores para transplante hepático intervivos realizados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. A anatomia no pré-operatório foi analisada através de: a) arteriografia celíaca e mesentérica para a artéria hepática e veia porta (fase venosa); b) ressonância magnética para a drenagem venosa, veia porta e vias biliares. Critérios de normalidade foram estabelecidos de acordo com estudos da literatura. Os achados pré-operatórios foram comparados com os achados peroperatórios no doador. RESULTADO: Em relação à anatomia da veia porta e artéria hepática foram estudados 44 pacientes, 16 do sexo feminino e 28 do sexo masculino, com idade média de 33 anos. Em 8 casos foi captado o lobo hepático esquerdo para receptor pediátrico e em 36 casos o lobo hepático direito para receptor adulto. Em relação à anatomia biliar foram estudados 37 casos e em relação à anatomia da drenagem venosa, 32 casos. No total, em 36,36% dos casos, os achados referentes à anatomia nos exames pré-operatórios não coincidiram com os achados peroperatórios. Para a artéria hepática os achados foram discordantes em 11,36% dos casos, para a veia porta foram discordantes em 9,1%, para a drenagem venosa em 9,37% e para as vias biliares em 21,6%. CONCLUSÃO: São freqüentes achados discrepantes referentes à anatomia da tríade portal e drenagem venosa hepática na análise pré-operatória do doador para transplante hepático intervivos em relação aos achados peroperatórios.
ASSUNTO(S)
fígado ductos biliares fígado transplante de fígado veia porta artéria hepática
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