Comissões de meio ambiente e qualidade de vida na escola: os desafios da educação ambiental como política pública

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/03/2010

RESUMO

As escolas culturalmente se constituem em espaços onde pessoas depositam sonhos de uma vida, de uma geração. Na atualidade, com as Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas (Com-Vida) parte desses sonhos pode ser suscitada e sistematizada. A Com-Vida surge em 2003 a partir de demandas da I Conferência Nacional Infanto-Juvenil de Meio Ambiente, momento em que jovens de todo o país solicitaram a organização de conselhos jovens de meio ambiente e a elaboração da Agenda 21 Escolar. Desta forma, o Órgão Gestor de Educação Ambiental (Ministérios da Educação e do Meio Ambiente) busca desencadear processos permanentes de Educação Ambiental (EA) propondo o programa: Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas, sob responsabilidade do MEC. Neste programa, uma das ações estruturantes é a Com-Vida, que tem como um dos objetivos a elaboração da Agenda 21 Escolar, que se traduz em um planejamento participativo, com o envolvimento da comunidade escolar. Nessa construção coletiva, espera-se que a comunidade escolar expresse seus sonhos e desafios e, a partir deles, elabore um plano de ação visando uma escola animada, participativa e saudável. Este trabalho apresenta uma pesquisa de cunho qualitativo, um Estudo de Caso, que analisa as ações e as inferências nas redes locais de EA, delimitando 10 escolas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, inscritas no MEC como participantes do processo de criação da Com-Vida. A partir da análise e interpretação dos dados coletados verificou-se que não se constituíram grupos de fato. Também foram realizadas, como proposta de intervenção, Oficinas para Criação e Fomento da Com-Vida em duas escolas, utilizando a proposta metodológica indicada pelo Órgão Gestor, a Oficina de Futuro. Na expectativa de uma construção democrática, a proposta almeja que cada uma das escolas estabeleça o delineamento das diretrizes da Agenda 21 Escolar, inserindo-as no Projeto Político Pedagógico (PPP). Das várias possibilidades e entraves encontrados, a questão da participação permeou e constituiu-se como fator determinante para se alcançar os sonhos almejados, caracterizando-se, portanto, como fundamental a efetividade e legitimidade da participação para o fortalecimento de políticas públicas voltadas para a Educação Ambiental.

ASSUNTO(S)

ensino educação ambiental política educacional ciencias

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