Coincidências e divergências entre transcrição e textualização de áudios

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

OBJETIVO: investigar coincidências e divergências entre transcrição e textualização de áudios, a fim de verificar se há evidências estatísticas que possam servir de subsídio quanto ao melhor procedimento a ser aplicado. MÉTODOS: estudo retrospectivo. Foram selecionados aleatoriamente 30 áudios, entre os 239 áudios disponíveis, provenientes de interceptações telefônicas do mesmo processo judicial. Foram considerados: o número de palavras e tempo em minutos para a realização de cada áudio, e a análise comparativa da manutenção dos focos principais de conteúdo. Três Fonoaudiólogos transcreveram e textualizaram terços diferentes do arquivo, garantindo independência. Um Fonoaudiólogo, que não participou da etapa anterior, realizou a análise de conteúdo. Para a análise estatística foi utilizado o teste de Wilcoxon-Mann Whitney no ambiente R, com interface Tinn R. Nível de significância de 5% (0,05). CEP: 274-742. RESULTADOS: o número médio de palavras utilizadas na transcrição dos arquivos de áudio foi 27% maior que o número de palavras utilizadas na textualização, p=0,52. A média do tempo em minutos necessários para realizar a transcrição foi significantemente maior p=0,013. Na análise comparativa da manutenção dos focos principais de conteúdo, foi possível verificar que em média 93% dos focos foram mantidos, p=0,61%. CONCLUSÃO: as semelhanças entre os processos de transcrição e textualização foram com relação ao número mediano de palavras e a manutenção do número mediano de focos de conteúdo. Houve divergência quanto ao tempo para a realização, significantemente menor na textualização. Considerando os dados obtidos neste estudo, o processo de textualização mostrou ser o mais indicado na degravação de áudios.

ASSUNTO(S)

voz fonoaudiologia linguagem ciências forenses

Documentos Relacionados