Classificação de risco para pé diabético em pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/07/2011

RESUMO

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, transversal de natureza quantitativa, que tem como tema central o pé diabético. A idade avançada influencia o aparecimento de complicações crônicas do diabetes, figurando como fator de risco, que contribui para a etiologia dos pés insensíveis e isquêmicos, isto é, vulneráveis a infecções, que se manifestam pelas úlceras, tendo com desfecho o pé diabético, o que levou-nos a priorizar investigação com o idoso. Para tanto, o estudo teve como objetivo geral avaliar o grau de risco para o desenvolvimento da complicação pé diabético em idosos com história de diabetes mellitus tipo 2. Os objetivos específicos foram: identificar o grau de risco para pé diabético que se encontram os idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, caracterizar o perfil demográfico, sócio econômico e situação de saúde destes idosos, analisar estas variáveis de risco relacionadas ao desenvolvimento do pé diabético e correlacioná-las ao grau de risco encontrado, avaliar o nível de conhecimentos dos idosos diabéticos sobre os cuidados com os pés. Foram avaliados 80 idosos com diabetes mellitus tipo 2 com idade a partir de 60 anos. A coleta de dados ocorreu no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da UFMG. Os dados foram analisados através de estatísticas descritivas expostas por meio de gráficos de distribuição de freqüências percentuais. As associações entre o grau de risco para pé diabético e as variáveis analisadas foram feitas por meio de tabelas de contingência usando o teste qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5% (P<0,05). Os resultados demonstraram que dos 80 idosos, 32 estavam em grau de risco 0, 12 em grau 1, 25 em grau 2 e 13 em grau 3. Quanto à demografia 73,75% apresentaram idades entre 60 e 70 anos; 26,25% idades entre 70-80 anos; 73,75% dos idosos eram mulheres e o restante homens; 25% moravam sozinhos e 75% com parceiros, parceiro e filhos ou filhos somente. No perfil sócio econômico 50% eram casados, 38,75% viúvos e 11,25% solteiros; 36,25% analfabetos, 31,25% tinham estudo até o 5º ano do ensino fundamental, 21,25% ensino fundamental completo e 13,75% ensino médio completo; 23,75% recebiam 1salário mínimo, 57,50% 2 a 3 salários e 21,42% 4 salários ou mais. Em relação ao estado de saúde, 100% dos idosos eram hipertensos; 70% possuíam história familiar para diabetes mellitus; 70% apresentaram valores de hemoglobina glicosilada acima de 7%; 45% possuíam doença cardiovascular; 65% não aderiam a uma dieta adequada; 33,75% eram tabagistas e ex-tabagistas e 66,25% não tabagistas; 60% dos idosos não praticavam exercícios físicos; 67,50% faziam uso de insulina e 60% usavam antidiabéticos orais. Com relação ao conhecimento sobre os cuidados com os pés 71,25% acertaram de 0 a 60% das questões e 16,25% mais de 80% destas. A correlação entre as variáveis de risco para pé diabético e o grau de risco realizada por meio do teste de qui-quadrado não foi significativa, ao nível de 5%, em nenhuma destas associações. Conclui-se que as variáveis analisadas e correlacionadas são fatores para o desenvolvimento do pé diabético, mas não para o aumento do grau de risco.

ASSUNTO(S)

enfermagem teses enfermagem decs dissertações acadêmicas decs pé diabético decs fatores de risco decs diabetes mellitus tipo 2/complicações decs questionários decs fatores socioeconômicos decs humanos decs masculino decs feminino decs meia-idade decs idoso decs

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