Cirurgia colorretal videolaparoscópica: experiência inicial na abordagem de 90 pacientes, no Programa de Pós-graduação sensu lato (residência e especialização) em Coloproctologia, pelo Grupo de Coloproctologia de Belo Horizonte
AUTOR(ES)
Lima Junior, Antonio Carlos Barros, Rodrigues, Fabio Gontijo, Santos, Guilherme de Almeida, Coutinho, Caroline Pinto, Silva, Estevan Guillermo Vigil Verastegui, Neves, Peterson Martins, Constantino, José Roberto Monteiro, Braga, Áurea Cássia Gualbeto, Ferreira, Renata Magali Ribeiro Silluzio, Alvarenga, Isabella Mendonça, Lanna, David de, Teixeira, Ricardo Guimarães, Valle Junior, Heraldo Neves, Leite, Sinara Mônica Oliveira, Costa, Luciana Maria Pyramo, Silva, Ilson Geraldo da, Cruz, Geraldo Magela Gomes da
FONTE
Revista Brasileira de Coloproctologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
O objetivo do trabalho foi proceder a uma revisão criteriosa de uma casuística de 90 pacientes submetidos às ressecções colorretais por via videolaparoscópica no decurso de 12 meses (maio de 2009 a maio de 2010). A média etária foi de 62,1 anos, com extremos de 20 e 93 anos, sendo a maioria dos pacientes do sexo feminino (52; 57,8%). O diagnóstico mais comum foi câncer colorretal, com 60 casos (66,7%), seguido pelos pólipos colorretais, com 12 casos (13,4%), doença diverticular, com sete casos (7,8%), e outros diagnósticos, com 11 casos (12,1%). O preparo intestinal mais realizado foi com o Picolax (53 casos; 58,9%); 76 pacientes foram submetidos à colonoscopia e biópsia (84,4%). As cirurgias mais realizadas foram as retossigmoidectomias (54 casos; 60,0%), seguidas pelas hemicolectomias direitas (20 casos; 22,2%). O tempo de execução da maioria das cirurgias foi entre duas e três horas (34 casos; 37,8%) e entre três e quatro horas (24 casos, 26,7%), com média de 203 minutos. Em 81 casos, houve anastomoses (90,0%), a maioria mecânica intra-abdominal (55,6%) e manual extra-abdominal (25 casos; 27,8%), tendo sido o conjunto de grampeadores circulares e lineares articulados os recursos mais utilizados (50 casos; 55,6%). O eletrocautério foi usado em 68 pacientes (75,6%). A incisão abdominal mais usada foi a de Mallard (39 casos, 43,4%) e a mediana (22 casos; 24,4%), sendo as extensões mais comuns entre 6 e 10 cm (55 casos; 78,6%). Houve 12 intercorrências peroperatórias (13,2%), que levaram a conversões para laparotomia. A média de dimensões das peças cirúrgicas foi 33,2 cm, a maioria entre 21 e 30 cm (51 casos, 56,8%). Houve 13 complicações pós-operatórias (14,4%), 11 delas cirúrgicas (12,2%) e duas clínicas (2,2%), das quais decorreram três óbitos, sendo dois cirúrgicos e um clínico. O tempo médio de internamento foi de 5,3 dias, tendo sido 57 (63,3%) a até cinco dias. Foram para o CTI 28 pacientes (31,1%), sobretudo por conta de comorbidades (22 casos; 24,4%). A liberação de dieta oral foi de um dia para 49 pacientes (54,5%). Os autores comparam os resultados com a bibliografia correlata.
ASSUNTO(S)
cirurgia colorretal laparoscopia
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