Cinema utópico: a construção de um novo homem e um novo mundo

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/06/2011

RESUMO

O cinema, desde seus primórdios, prefigurou o espaço cibernético como um novo espaço imaterial construído coletivamente. A concepção desse outro lugar não físico para o qual o homem poderia migrar estabelece para o cinema e para o ciberespaço uma relação direta com as utopias. Na acepção do romance filosófico de Thomas More, a Utopia define-se como um outro espaço não-existente, irrealizável e ideal que diagnostica o atual. O cinema carregaria caracteres fundamentais da Utopia tanto no que se refere à apresentação de evidência realista de um espaço não-existente quanto por projetar-se sobre a vivência do espectador (as utopias ambicionam a crítica e/ou a interferência no mundo). Embora sejam mais evidentes nos momentos históricos revolucionários, notadamente a Revolução Russa de 1917 e a Cubana de 1959, as relações do cinema com a utopia não se realizam apenas politica e ideologicamente. A proposta de vivência emocional e psicológica num universo imaterial já representaria o anseio de transcendência do corpo a mente ou a alma do espectador vive no cinema uma liberdade espácio-temporal impossível a seu corpo físico. Este sonho de migração chega a seu auge com a tecnologia digital, com as noções de ciberespaço, inteligência artificial e realidade virtual que, grandemente, incorporam o audiovisual na constituição desse outro espaço idealmente modelável conforme os desejos do usuário e habitável por avatares, projeções virtuais e, utopicamente, pela própria essência do homem. Haveria então uma inversão quando o homem habitaria um espaço concreto para sua mente, mas onde seu corpo seria uma projeção sensorial.

ASSUNTO(S)

cinema filosofia teses. ideologia e cinema teses. cinema semiótica teses. cinema aspectos sociais teses. tecnologia no cinema teses. teses eba.

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