Cessação do tabagismo em idosos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/08/2012

RESUMO

Introdução : Muitas vezes os fumantes idosos não são encorajados a abandonar o tabagismo, devido à idéia errada de que é tarde demais para tais intervenções. Atualmente esta situação precisa ser revisada, tendo em vista o aumento da expectativa de vida e a melhora da qualidade de vida da população. Objetivo : Comparar as taxas de cessação do tabagismo, usando ponto de corte de 60 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo coorte, no qual os fumantes (n = 987) foram submetidos ao mesmo regime de terapia cognitivo-comportamental associada à farmacoterapia no Ambulatório de Cessação do Tabagismo do Hospital São Lucas, em Porto Alegre, Brasil, de julho de 2004 a junho de 2009. As taxas de cessação do tabagismo foram avaliadas em 2, 6 e 12 meses. A abstinência foi confirmada por teste de monóxido de carbono exalado <10ppm. Os voluntários foram agrupados por idade <60 e ≥60 anos. Resultados : As taxas de abstinência (DP) no grupo <60 anos foram 57,1% ( 1,9), 46,8% (2,1) e 43,5% (2,7) aos 2, 6 e 12 meses de seguimento, respectivamente. As taxas para o grupo ≥60 anos foram 67,4% (4,3), 52,3% (5,4) e 53,3% (5,4), respectivamente. A diferença não foi estatisticamente significativa com a regressão de Cox (HR ajustado 0,90, IC95% 0,66-1,22, P=0,48). Conclusão : Neste contexto do atendimento clínico de rotina, o tratamento para cessação do tabagismo determinou taxas de abstinência semelhantes em ambos os grupos etários de fumantes.

ASSUNTO(S)

abandono do uso de tabaco tabagismo psicoterapia cognitiva idosos qualidade de vida expectativa de vida saÚde do idoso medicina medicina

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