CARCINOID TUMOR OF THE DUODENUM:
AUTOR(ES)
WAISBERG, Jaques, JOPPERT-NETTO, George, VASCONCELLOS, Cidia, SARTINI, Gustavo Henrique, MIRANDA, Lucimar Sonja Villela de, FRANCO, Maria Isete Fares
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-03
RESUMO
ContextoCarcinoides duodenais são extremamente raros e as características e o comportamento biológico dessa neoplasia permanecem indefinidos.ObjetivoAnalisar as características clinicopatológicas de doentes com carcinoide duodenal ressecado.MétodosVinte doentes (12 mulheres e 8 homens) foram estudados. A média de idade dos doentes foi de 66,4 ± 5,8 anos (43 a 88 anos). Os dados do quadro clínico, diagnóstico, tratamento e prognóstico dos doentes com tumor carcinoide do duodeno submetidos a ressecção da lesão no período de 18 anos (1993-2011) foram analisados.ResultadosOs sintomas mais frequentes foram dispepsia (50%) e epigastralgia (45%), seguidos por perda de peso (10%) e vômitos (5%). Não foram observados doentes com síndrome carcinoide. A lesão estava localizada na primeira porção do duodeno em 15 (75%) pacientes, na segunda porção em 4 (20%) e na terceira porção em 1 (5%). O diagnóstico de tumor carcinoide foi estabelecido pela biopsia endoscópica excisional em 19 (95%) pacientes e pelo exame histopatológico da peça cirúrgica em um (5%). O tamanho médio dos tumores foi de 1,1 cm ± 0,4 cm (0,3 cm a 6,0 cm). Dezenove (95%) doentes foram tratados, inicialmente, por ressecção endoscópica da lesão duodenal e um (5%) com lesão na terceira porção duodenal foi submetido a duodenectomia da terceira e quarta porções do duodeno e duodenojejunoanastomose. A margem de ressecção do carcinoide duodenal estava comprometida em quatro (20%) casos e em quatro (20%) pacientes foi realizada gastrectomia parcial para retirada completa da lesão. O tumor estava limitado à camada submucosa em 16 (80%) casos e penetrava a camada muscular própria em 4 (20%). Todos os pacientes apresentaram imunomarcação positiva para cromogranina A, enolase neurônio-específica ou sinaptofisina. A média do período de seguimento foi de 39,6 meses (3 a 96 meses). Dos 20 casos desta série, 12 (60%) permanecem vivos e sem evidência de doença ativa e apenas 1 (5,0%) faleceu por metástase hepática do carcinoide duodenal.ConclusõesCarcinoides duodenais são tumores raros e indolentes normalmente associados a bom prognóstico. Duodenoscopia, tomografia computadorizada e ultrassonografia endoscópica devem ser realizadas para avaliar o tamanho do tumor, o nível de invasão da parede e a presença de metástases linfáticas regionais e/ou distantes. Remoção endoscópica de tumores menores que 1,0 cm, sem localização periampolar ou evidência de invasão da camada muscular própria avaliada pela histologia e/ou ultrassonografia endoscópica é recomendada. A ressecção endoscópica de tumor carcinoide com tamanho entre 1,0 cm e 2,0 cm pode ser incompleta e requerer nova ressecção endoscópica ou mesmo remoção cirúrgica. Carcinoides duodenais maiores que 2,0 cm necessitam de ressecção com espessura total e linfadenectomia concomitante.
ASSUNTO(S)
neoplasias intestinais duodeno tumor carcinoide carcinoma neuroendócrino apudoma
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