Caracterização morfológica, fisiológica, isoenzimática e controle de isolados de Corynespora cassiicola (Berky &Curt) Wei, agente causal da mancha alvo / Morphologic, physiologic, isozymic characterization of Corynespora cassiicola (Berky &Curt) Wei, causal agent of target spot, and its control

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/06/2008

RESUMO

Corynespora cassiicola é o agente causal da mancha alvo em diversas culturas de importância econômica, como soja, algodão, tomate, pepino, entre outras. Dezesseis isolados desse patógeno provenientes de diversos hospedeiros e de diferentes regiões brasileiras foram obtidos e utilizados em estudos morfológicos; fisiológicos; isoenzimáticos e de controle, em laboratório e em estufas no Núcleo de Pesquisa em Fitopatologia da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Goiás, localizada em Goiânia, GO. Os objetivos deste trabalho foram realizar a caracterização: a) morfológica: através de determinação das dimensões e número de pseudoseptos de 100 esporos de cada isolado; b) fisiológica: avaliando o crescimento micelial do patógeno em diferentes temperaturas (15oC, 20oC, 25oC, 30oC e 35oC) e regimes de luz (24 horas escuro, 12 horas luz/12 horas escuro e 24 horas luz); a esporulação em diferentes regimes de luz; a quantidade de horas de umidade contínua para uma maior germinação dos esporos; a patogenicidade dos diversos isolados de C. cassiicola quando inoculados em diversos hospedeiros (pepineiro, soja, algodoeiro, cafeeiro, aceroleira, tomateiro e meloeiro) e a preservação de dez isolados através de três métodos: Castellani, óleo mineral e repicagens periódicas; c) isoenzimática: pela análise eletroforética da isoenzima esterase em gel de poliacrilamida de catorze isolados; e d) controle: reação de nove híbridos de pepino desafiados por C. cassiicola; sensibilidade in vitro de seis isolados de C. cassiicola a oito fungicidas (captan, clorotalonil, mancozeb, azoxystrobin, difenoconazole, carbendazin, tebuconazole e tiofanato metílico) utilizados nas concentrações de 0, 1, 10, 100 e 1.000 μg mL-1 de ingrediente ativo (i.a.) e o tratamento químico preventivo e curativo com os mesmos fungicidas testados in vitro, em plantas de pepino, inoculadas com C. cassiicola. Os resultados obtidos foram os seguintes: a) as dimensões (largura e diâmetro) dos esporos obtidas coincidiram com as da chave classificatória do patógeno; b) após aproximadamente 10 dias de cultivo em meio batatadextrose- ágar (BDA), a maioria dos isolados cresceu mais a 25oC; oito isolados foram indiferentes aos regimes de luz utilizados, sendo os outros seis influenciados pelo regime de luz; a maioria dos isolados esporularam mais sob luz contínua; oito horas de umidade contínua foram suficientes para que a maioria dos esporos dos diferentes isolados germinasse in vitro; quanto à patogenicidade dos isolados, foi observado que alguns hospedeiros foram mais específicos quanto ao seu isolado de origem, como no caso do tomateiro, e outros menos específicos, sendo suscetíveis a todos os isolados independente do hospedeiro que os originou, por exemplo, o meloeiro e o algodoeiro; o crescimento micelial da maioria dos isolados não foi afetado pelo método de preservação, porém a esporulação teve grande variação, sendo que cada método proporcionou maior esporulação para determinado isolado e todos os métodos propiciaram a preservação da patogenicidade dos isolados estudados; c) a análise eletroforética da isoenzima esterase mostrou variação no número e posição das bandas no gel, o que indicou diferenças no comportamento dos isolados, sendo estes divididos em dois grupos distintos de similaridade, indicando potencial existência de raças entre eles; e d) os híbridos de pepino menos suscetíveis ao patógeno foram Taisho, Nikkey, Yoshinari e Safira; o fungicida difenoconazole proporcionou as maiores porcentagens de inibição do patógeno in vitro, atingindo inibição total; já carbendazim e tiofanato metílico foram os piores, sendo este último incapaz de inibir o crescimento micelial do fungo; aos sete e aos catorze dias após a inoculação do patógeno em plantas de pepino e, após a aplicação dos fungicidas, o azoxystrobin foi o mais eficiente no controle da doença.

ASSUNTO(S)

fatores físicos controle químico suscetibilidade patogenicidade agronomia 1.patogenicidade vegetal; 2.mancha alvo - doenças; 3.mancha alvo - controle químico; 4.corynespora cassiicola physical factors chemical control susceptibility pathogenicity

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