Caracterização e estudo das propriedades eletrocinéticas dos minerais de ferro: Hematita, Goethita e Magnetita

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/04/2012

RESUMO

Os óxidos de ferro constituem os principais minerais encontrados nos depósitos ferríferos brasileiros, sendo hematita, magnetita e goethita os mais importantes. Estes minerais-minério apresentam diferentes propriedades químicas, físicas e eletrocinéticas. Com o objetivo de entender melhor as propriedades mineralógicas e eletrocinéticas dos principais minerais-minério de ferro este trabalho visou: caracterizar mineralogicamente hematita, goethita e magnetita originárias do Quadrilátero Ferrífero, Serra dos Carajás e região de pegmatito; e medir suas propriedades eletrocinéticas através de microeletroforese e pelo método empírico de Mular e Roberts. As principais fases minerais identificadas por DRX, microscopia ótica, MEV/EDS e espectrometria de infravermelho foram na amostra hematita compacta: hematita; na amostra hematita especular: hematita e quartzo; na amostra hematita martítica: hematita e quartzo; na amostra hematita mista Carajás: hematita, goethita e gibbsita; na amostra goethita: goethita, hematita, quartzo e gibbsita; e na amostra magnetita: magnetita e hematita. A hematita compacta apresentou cristais granulares e a amostra goethita apresentou goethita botrioidal. As amostras hematita especular, martítica, mista Carajás e magnetita apresentaram a feição martítica da hematita. Nas amostras hematita especular e hematita martítica observaram-se cristais lamelares. A variação de hematita microcristalina foi observada somente na amostra hematita mista Carajás. Todas as amostras se apresentaram mesoporosas e macroporosas, sendo que a goethita apresentou maior volume de poros dentre as amostras estudadas, seguida pela hematita mista Carajás. A hematita martítica apresentou volume de poros superior à magnetita, hematita compacta e hematita especular. Consequentemente, a goethita apresentou maior área superficial específica (10,9m2/g) seguida da hematita mista Carajás (5,2m2/g). As áreas superficiais específicas das demais amostras foram menores: hematita martítica - 1,8m2/g; magnetita - 1,0m2/g; hematita compacta - 0,81m2/g; e hematita especular - 0,80m2/g. A presença de quartzo e silicatos nas amostras hematita compacta, hematita especular e hematita martítica deixou o PIE mais baixo quando comparado com os valores encontrados na literatura (pH 6,7). A presença do mineral gibbsita nas amostras hematita mista Carajás e goethita deixou o PIE mais alto quando comparados com os valores encontrados na literatura. A magnetita apresentou maior coeficiente de variação entre os valores de PIE obtidos pelos métodos microeletroforético (12,0%) e de Mular e Roberts (3,8%) em consequência de sua difícil preparação, por ser um mineral ferrimagnético, com tendência a agregação das partículas.

ASSUNTO(S)

engenharia metalúrgica teses.

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