Caracterização dos indivíduos com distúrbios da fluência, atendidos na clínica-escola do curso de fonoaudiologia da USP-Bauru

AUTOR(ES)
FONTE

Revista CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/05/2009

RESUMO

OBJETIVO: caracterizar a população de indivíduos atendidos na Clínica de Distúrbios da Fluência do Curso de Fonoaudiologia da USP (Bauru), de 1992 a 2005, quanto à idade, gênero, queixa inicial, diagnóstico fonoaudiológico, antecedentes familiares, manifestações, gravidade e frequência, além de possíveis alterações associadas, comparando tais dados com a literatura estudada. MÉTODOS: análise de 194 prontuários da população acima referida por meio do preenchimento de protocolo com questões referentes às variáveis propostas no objetivo. RESULTADOS: dos 194 prontuários, 140 pertenciam a pacientes do sexo masculino (72% da amostra) e 54 (28%), do feminino. Entre as queixas relatadas, 68% (n=132) eram de gagueira, 23% (n=45) referiam-se a outros distúrbios da fluência (taquifemia, distúrbio motor da fala) e outras 9% (n=17) estavam associadas a alterações vocais, linguagem oral e/ou escrita e fala. Quanto a antecedentes familiares, 57% (n=110) tinham na família mais de um parente com alterações na fala e/ou linguagem. As manifestações das disfluências, citadas em 54% dos prontuários (n=105) dos indivíduos diagnosticados com gagueira, foram bloqueios, repetições e prolongamentos. Constatou-se histórico de atraso de linguagem nos casos de gagueira em 31% dos casos (n=60). CONCLUSÃO: com base nos dados encontrados, conclui-se que a população estudada caracteriza-se por apresentar: início dos primeiros sintomas entre 1 e 5 anos, maior acometimento no gênero masculino, histórico familiar e de atraso de fala e linguagem positivo, manifestações predominantes de repetição de sílabas, bloqueios, bloqueios acompanhados de prolongamentos e hesitações.

ASSUNTO(S)

comunicação gagueira linguagem sinais e sintomas

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