Caracterização de isolados do agente casual do mofo branco do feijoeiro / Strains characterization of white mold bean disease causal agent

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/07/2011

RESUMO

Mofo-branco é a doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e interfere na produção do feijão no Brasil. A falta de conhecimento da estrutura populacional do patógeno é uma das causas da dificuldade do controle dessa doença. Além disso, para que se possa obter a fase sexual do fungo, as condições devem ser bem estabelecidas, uma vez que há grande influência ambiental nesse processo. Dessa forma, este estudo foi realizado com o objetivo de caracterizar isolados de S. sclerotiorum obtidos em campos experimentais e de produção no estado de Minas Gerais, podendo contribuir com os programas de melhoramento do feijoeiro que visam à resistência ao mofo-branco na região. Foram avaliados 50 isolados de S. sclerotiorum coletados em vários locais de Minas Gerais. Cinco metodologias para a obtenção da germinação carpogênica foram avaliadas: Mylchreest e Wheeler (1987), Sun e Yang (2000), Brandão et al. (2008), Método 1 de Paula Júnior (2010) e Método 2 de Paula Júnior (2010). Com a melhor metodologia estabelecida, os isolados foram avaliados quanto à capacidade e ao tempo para a formação de apotécios. O índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM), a coloração da colônia, o tempo necessário para a formação do primeiro escleródio, o número de escleródios por placa, o tamanho médio e a morfologia dos escleródios e a compatibilidade micelial foram utilizados na caracterização dos isolados. A análise molecular dos isolados foi realizada por meio de marcadores microssatélites. A reação de resistência de 15 linhagens de feijão a 5 dos 50 isolados foi avaliada. As metodologias que se mostraram mais eficientes para a obtenção de apotécios dos isolados avaliados foram a metodologia modificada de Sun e Yang (2000) e o método 2, proposto por Paula Júnior (2010, comunicação pessoal) em que os escleródios foram dispostos em areia. A maioria dos isolados tem a capacidade de formar apotécios. Entretanto, poucos isolados apresentaram compatibilidade micelial. A população avaliada mostrou ampla variabilidade genética para as características morfológicas, fisiológicas e moleculares avaliadas. O tamanho médio dos escleródios e a forma dos mesmos apresentaram correlação de 0,617. Já os tempos necessários para a formação do primeiro escleródio e o número médio de escleródios por placa apresentaram correlação de -0,455. A reação de resistência da maioria das linhagens de feijoeiro foi semelhante, no entanto, as linhagens União, Ouro Negro, CNFRJ10564 e Pérola destacaram-se por apresentarem notas mais baixas quanto à severidade do mofo-branco causado pelos cinco isolados avaliados. Níveis diferentes de agressividade foram observados entre os isolados avaliados, tendo os isolados UFLA26 e UFLA59 sido os mais agressivos e que melhor discriminaram as linhagens de feijão quanto à resistência ao mofo-branco.

ASSUNTO(S)

mycelial compatibility group morphology characterization sclerotinia sclerotiorum germinação carpogênica microssatélite grupo de compatibilidade micelial caracterização morfológica genetica sclerotinia sclerotiorum carpogenic germination microsatellite

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