Bioprospecção de plantas com potencial farmacológico para o tratamento das leishmanioses / Bioprospecting of plants with pharmacological potential for the treatment of leishmaniasis.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/08/2011

RESUMO

As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania que acometem milhões de pessoas em todo o mundo. Apresentam manifestações clínicas que variam de lesões cutâneas, mucocutâneas a forma visceral, geralmente fatal. Antimoniais pentavalentes são as drogas de primeira escolha para o tratamento das leishmanioses, porém são tóxicas e têm apresentado falha no tratamento devido a problemas de resistência dos parasitas. Muita atenção tem sido dispensada a utilização de plantas como fonte de novos medicamentos para o controle dessa doença. Nesse contexto, o Brasil, por ser um país detentor de grande biodiversidade, possui vasto acervo a ser explorado. O potencial farmacológico de 13 espécies vegetais de ocorrência no Estado do Piauí para o tratamento das leishmanioses foi avaliado por meio da atividade in vitro contra promastigotas de Leishmania amazonensis e citotoxicidade para células de mamíferos. As espécies mais ativas foram selecionadas para fracionamento e continuidade do estudo. Para Azadirachta indica realizou-se fracionamento dos extratos guiado pela ação em promastigotas para seleção das amostras mais eficientes para os testes sobre formas amastigotas. Quatro das espécies estudadas apresentaram considerável atividade antileishmania e baixa citotoxicidade: Protium heptaphyllum (resina, CI50 = 5,1 μg/mL), Platonia insignis (extrato etanólico da casca do fruto, CI50 = 22,4 μg/mL) e Zanthoxylum rhoifolium (fração hexânica da folha, CI50 = 7,9 μg/mL). Os resultados de CI50 obtidos com o fracionamento de A. indica para o extrato etanólico e fração diclorometano do tegumento da amêndoa são: 2,74 e 2,08 μg/mL para promastigotas e 0,43 e 0,6 μg/mL para amastigotas. Para o extrato etanólico e frações diclorometano e clorofórmica obtidas das folhas foram de 38, 3,85 e 1,24 μg/mL para promastigotas e de 9,75; 1,1 e 0,55 μg/mL para amastigotas, pectivamente, em 72 horas. A avaliação citotóxica apresentou maior seletividade para o parasita. As espécies A. indica, P. heptaphyllum, P. insignis e Z. rhoifolium apresentaram excelente atividade antileishmania e baixa citotoxicidade. As atividades das plantas associadas à segurança apresentada estimulam a continuidade da pesquisa na busca de substâncias isoladas e posterior desenvolvimento de formulações para o tratamento das leishmanioses.

ASSUNTO(S)

azadirachta indica platonia insignis protium heptaphyllum zanthoxylum rhoifolium citotoxicidade atividade antileishmania quimica azadirachta indica platonia insignis protium heptaphyllum zanthoxylum rhoifolium cytotoxicity antileishmania activity

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