Behavior Ecophysiology of native tree species of the Cerrado and exotic tree species / Comportamento ecofisiológico de espécies arbóreas nativas do Cerrado e exóticas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Utilizou-se o Transpirômetro de equilíbrio para plantio de cinco espécies arbóreas para avaliar o comportamento fisiológico quanto à: transpiração total, transpiração e condutância estomática foliar, crescimento, partição de fitomassa, estudo da fluorescência da clorofila a e estudo anatômico de folhas das espécies: Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols (Ipê amarelo), Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne (Jatobá), Myroxilum balsamum (Linn) Harms (Balsamo), Eucalyptus camaldulensis Dehn e Eucalyptus citriodora Hook (eucaliptos). O equipamento consistiu de um sistema hidráulico, composto de três elementos: um reservatório de água (R1), outro com uma bóia (R2) para controlar o nível de água nos vasos (V) onde foram plantadas as espécies arbóreas. O solo foi analisado por LASF/UFG-AGRO. Recomendou-se, por vaso, calcário dolomítico (50g) e 88g de NPK (4-14-8). Configurou-se experimento de parcelas subdivididas no tempo (split-plot in time), a um nível de significância de 5%, analisados por SAS/STAT. E. camaldulensis e E. citriodora apresentaram transpiração semelhantes. Ipê, jatobá e bálsamo não apresentaram diferença significativa entre si. As medidas porométricas sugeriram que as espécies obedecem a rigoroso controle estomático, com o fechamento dos estômatos em função da alta demanda evaporativa do ar, alterando as taxas transpiratórias e de condutância estomática ao longo das horas do dia. As avaliações biofísicas evidenciaram que o crescimento em altura, diâmetro e área foliar de E. camaldulensis foi superior às outras espécies. Para partição de fitomassa, essa espécie apresentou significativa diferença em matéria seca de caule, folhas e raiz. A eficiência fotoquímica do fotossistema II (Fv/Fm) foi estatisticamente semelhante para as espécies E. citriodora, E. camaldulensis, ipê e bálsamo, havendo diferença significativa entre a razão (Fv/Fm) de E. camaldulensis e do jatobá, sugerindo que o jatobá apresentou maior susceptibilidade do fotossistema II nesse experimento em razão da alta luminosidade. O estudo da anatomia foliar revela que E. camaldulensis e E. citriodora têm folhas anfiestomáticas com estômatos tipo anomocítico, T. serratifolia e M. balsamum têm folhas hipostomáticas com estômatos anomocíticos, Hymenaea stigonocarpa folhas hipostomáticas com estômatos paracíticos. Diante dos resultados, sugere-se que a anatomia foliar influenciou a taxa transpiratória resultando em diferenças no crescimento e partição de fitomassa. Ipê, jatobá e bálsamo apresentaram mais camadas de parênquima lacunoso do que os eucaliptos, características adaptativas que permitem essas espécies colonizar locais de menor luminosidade. Todas as espécies estudadas apresentaram cavidades secretoras. A densidade estomática média estimada de cada espécie indicou proximidade dos valores encontrados em plantas esclerófilas (100-500/mm). Este trabalho evidencia a importância das respostas fisiológicas das espécies arbóreas, quanto ao consumo de água, contribuindo na definição de estratégias de manejo de ambientes naturais, norteando informações para reflorestamentos com espécies exóticas e nativas no Cerrado goiano.

ASSUNTO(S)

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