Avaliação funcional de eversores e inversores de tornozelo em atletas de uma equipe de futsal

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

As lesões de tornozelo, mais precisamente na articulação subtalar, chamadas de entorses, estão bastante presentes no âmbito esportivo. No futsal, esporte amplamente praticado em nosso país, a entorse por inversão do tornozelo está entre as lesões que mais acometem os atletas em todos os níveis de sua prática devido às exigências que o esporte impõe. Avaliações isocinéticas têm sido utilizadas na medição de performances musculares com o intuído de se obterem dados mais precisos em relação às forças produzidas por diferentes grupos musculares. A razão de torque e ativação são duas variáveis que podem ser medidas nestes testes servindo como parâmetro para detectar possíveis desequilíbrios musculares entre músculos agonistas/antagonistas. Este trabalho buscou avaliar as razões de torque e ativação, bem como a potência e o trabalho musculares realizados pela musculatura eversora e inversora do tornozelo em atletas de uma equipe de futsal. Foram avaliados 13 atletas, dos quais 7 atletas com lesão unilateral de tornozelo serviram de amostra para uma comparação entre o membro lesado e não lesado. As razões de torque e ativação da musculatura eversora e inversora do tornozelo foram avaliadas durante contrações isométricas voluntárias máximas nos ângulos de -20º de inversão, 0º e 20º de eversão, e isocinéticas concêntricas e excêntricas nas velocidades de 60º, 120º e 180º/s. As variáveis de trabalho e potência também foram obtidas nestes testes. As razões de torque foram obtidas com a divisão dos valores do pico de torque eversor pelo pico de torque inversor, e as razões de ativação da mesma forma, porém dividindo o valor RMS do sinal EMG dos músculos eversores Fibular Curto e Fibular Longo pelo músculo inversor Tibial Anterior. Os valores encontrados nas razões de torque convencionais e funcionais não demonstraram diferenças significativas entre o grupo de tornozelos com e sem lesão, com exceção da razão funcional inversora EVexc/INVcon, na qual foram encontrados valores maiores no grupo lesado, o que indica possível desequilíbrio na relação Ev/Inv. As razões de ativação não mostraram diferenças significativas entre os dois grupos. Já as variáveis trabalho e potência foram equivalentes nos dois grupos, o que demonstra que após a lesão e a recuperação destes atletas, e com a volta as atividades esportivas houve um reestabelecimento na produção das forças musculares que atuam na musculatura eversora e inversora do tornozelo.

ASSUNTO(S)

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