Avaliação dos efeitos da ropivacaína sobre a reatividade vascular em artéria mesentérica de rato
AUTOR(ES)
OLIVEIRA, Allan Carlos Araújo DE, BRITTO, Anny Caroline Siqueira, SOUZA, Liane Maciel de Almeida, SANTOS, Márcio Roberto Viana dos, CUNHA, Patrícia dos Santos, GROPPO, Francisco Carlos
FONTE
Rev. odontol. UNESP
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-08
RESUMO
INTRODUÇÃO: A ropivacaína (ROPI) é um anestésico local de longa duração de ação, introduzido mais recentemente em Medicina, mas ainda não disponível para uso odontológico em tubetes. Estudos clínicos e com animais confirmam que a ROPI é um anestésico local eficaz e que possui um efeito vasoconstritor intrínseco.OBJETIVO: Avaliar os efeitos da ROPI sobre a reatividade vascular em artéria mesentérica isolada de rato, além de comparar esse efeito ao da lidocaína (LIDO) e avaliar o possível envolvimento do endotélio vascular na resposta induzida pela ROPI em anel de artéria mesentérica isolada de rato.MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados 14 ratos Wistar machos (250-300g). Os animais foram eutanasiados e, através de uma incisão no abdome do animal, foi retirada a artéria mesentérica. Desta artéria, foram obtidos anéis (1-2 mm), que foram mantidos em cubas contendo 10 mL de solução nutritiva de Tyrode mantida a 37 °C e gaseificada com carbogênio. Para o registro das contrações isométricas, cada anel foi suspenso, por linhas de algodão, a um transdutor de força conectado a um sistema de aquisição.RESULTADO: Tanto a LIDO como a ROPI não apresentaram efeito vasoconstritor sobre o tônus basal de anéis com endotélio funcional. Porém, quando os anéis foram pré-contraídos com fenilefrina, ambas as drogas foram capazes de induzir vasorrelaxamentos dependentes da concentração (Emáx = 31,7 ± 3,3%; n = 6, para a LIDO; Emáx = 69 ± 8%; n = 6, para a ROPI), que não foram alterados após a remoção do endotélio (Emáx = 28,7 ± 1,3%; n = 7, para a LIDO; Emáx = 58,8 ± 5,9%; n = 6, para a ROPI). Em anéis sem endotélio funcional, porém, pré-contraídos com solução despolarizante de Tyrode (KCl a 80 mM), o efeito vasorrelaxante induzido pela LIDO não apresentou alterações significativas (Emáx = 29 ± 3%; n = 7). Porém, o efeito da ROPI foi reduzido significativamente neste protocolo, bem como na presença de 1 mM de tetraetilamônio (TEA) (Emáx = 21,2 ± 5,1%; n = 7 e Emáx = 17,4 ± 3,7; n = 4, respectivamente).CONCLUSÃO: A ROPI produz efeito vasorrelaxante em artéria mesentérica superior isolada de rato pré-contraída com fenilefrina, sendo este independente da participação do endotélio. Este efeito parece envolver os canais para K+ na célula muscular lisa vascular.
ASSUNTO(S)
ropivacaína vasorrelaxamento artéria mesentérica
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