Avaliação do tratamento com anticorpos monoclonais : anti-CTLA4 (9H10) e anti- CD28 (PV-1) na esquistossomose mansônica murina
AUTOR(ES)
Laís Cristina de Souza
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/10/2011
RESUMO
A esquistossomose mansônica representa um dos grandes problemas de Saúde Pública acometendo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 210 milhões de indivíduos no mundo todo. No hospedeiro infectado, a doença é caracterizada pela presença de granuloma, resultado imunopatológico do infiltrado celular e em muitos casos consequência de fibrose tecidual. Dessa forma, a relação parasito-hospedeiro pode levar a morbidade devido à doença resultar em hepatoesplenomegalia, fibrose hepática e ascite. O processo granulomatoso na esquistossomose é dependente de linfócitos T CD4+ e requer recrutamento e acumulo de células inflamatórias no sítio de deposição dos ovos. A fibrose esquistossomótica é resultado da reação granulomatosa que se desenvolve em resposta a antígenos liberados pelos ovos do Schistosoma mansoni retidos nas veias portais de menor calibre. A patologia causada em hospedeiros com S. mansoni é mediada pela resposta imune, por células T através da disseminação dos ovos que são alojados no fígado e intestino. Manipulações para a interação entre moléculas B7 de células apresentadoras de antígenos (APC) e receptores CD28/CTLA4 de células T modulam, e em algumas circunstâncias, bloqueiam a resposta imunopatológica in vivo. O CTLA4 é estruturalmente homólogo ao CD28, mas é expresso nas células T CD4+ e CD8+ recém ativadas, e sua função é inibir a ativação de células T pela inibição dos sinais liberados pelo CD28. Assim, o CTLA4 está envolvido na finalização das respostas das células T. A maneira pelos quais os dois receptores liberam sinais opostos e reconhecem a mesma molécula B7 das APC é uma intrigante questão e motivo de pesquisa. Esses sinais coestimulatórios podem ter diferentes papéis nos vários tipos de resposta imune. Dessa forma a estratégia de utilizar o tratamento com anticorpos monoclonais (mAb) anti-CTLA4 e anti-CD28 na esquistossomose mansônica murina foi de avaliar a modulação da resposta inflamatória e parasitária induzida pelo S. mansoni quando CTLA4 e CD28 fossem bloqueados. Nossos resultados mostraram que o tratamento com (mAb) anti moléculas coestimulatórias CTLA4 e CD28 favoreceram alterações no número de leucócitos, modulações nos níveis de anticorpos circulantes, citocinas, e do perfil da resposta T helper (Th) e alteração na atividade parasitária. Nossos dados demonstraram que, a redução da carga parasitária foi de 21,3% no grupo tratado com mAb anti- CTLA4 e 46,2% no grupo tratado com anti-CD28. Sugerindo que, estes tratamentos devem ser considerados interessantes candidatos para imunoterapia e para maiores investigações, uma vez que se faz necessário conhecer melhor a resposta destas moléculas na esquistossomose mansônica que quando bloqueadas ou não apresentaram a hipotética atividade antiparasitária e antiinflamatória nesse modelo.
ASSUNTO(S)
biotecnologia moléculas coestimulatórias ctla4 e cd28 esquistossomose mansônica tratamento anti-ctla4 e anti-cd28 imunologia cd28 and ctla4 molecules coestimulatory schistosomiasis anti-ctla4 and anti-cd28
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5456Documentos Relacionados
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