Avaliação do percentual de gordura corporal em relação à esteatose hepática no pós-operatório de bypass gastrointestinal

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/08/2012

RESUMO

INTRODUÇÃO: A prevalência da esteatose hepática aumentou concomitante ao crescimento da epidemia global que a obesidade se tornou. A esteatose acomete grande parte dos pacientes obesos mórbidos e pode evoluir para formas mais graves de doença hepática gordurosa não-alcoólica, como a esteatohepatite não-alcoólica e a cirrose. O objetivo deste estudo é avaliar o percentual de gordura corporal em relação á esteatose hepática no pós-operatório de pacientes bariátricos acompanhados no Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica da PUCRS. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte histórica que compara as doenças do fígado gorduroso não-alcoólico por biópsias hepáticas e o percentual de gordura por bioimpedância no pré-operatório e, nesses mesmos pacientes, 1 ano após a cirurgia. O grau de esteatose hepática e o percentual de gordura corporal, foram analisados relacionando-os com o índice de massa corporal, relação cintura-quadril, perda de peso, glicemia e outros dados comparados em relação à idade e gênero. RESULTADOS: Dos 25 pacientes submetidos á cirurgia por bypass gastrointestinal incluídos no estudo por preencherem todos os critérios de inclusão, 5 são homens e 20 são mulheres com idade média de 37,612,6 anos. Neste estudo, a diferença do percentual de gordura no pré e no pós-operatório teve resultado significativo quanto sua relação com a regressão da esteatose hepática e esteatohepatite (P= 0,023). Dos 25 pacientes, apenas 1(4%) manteve-se no mesmo grau de esteatose, 4 (8%) pacientes regrediram apenas 1 grau da doença hepática e tiveram uma diferença de percentual de gordura no pós-operatório em uma média de 25,910,2. Dos 12 (48%) indivíduos que regrediram 2 graus da doença, obtiveram uma diferença percentual de 14,34,2 na quantidade de gordura corporal, 5 (20%) pacientes regrediram 3 graus com uma média de 11,49,0 e 3 (12%) indivíduos regrediram 4 graus com uma média percentual de 11,02,4 de diferença de gordura corporal em relação ao pré-operatório e após 1 ano de procedimento cirúrgico. CONCLUSÃO: De25 pacientes analisados96%, obtiveram melhora na esteatose hepática. No entanto, os que apresentaram uma perda menor no percentual de gordura, foram os pacientes que mais regrediram a esteatose ou esteatohepatite não-alcoólica no período de 1 ano após cirurgia bariátrica.

ASSUNTO(S)

medicina obesidade mÓrbida cirurgia bariÁtrica medicina

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