Avaliação do custo/beneficio de dois protocolos de desenvolvimento folicular para fertilização in vitro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1993

RESUMO

Um dos primeiros passos da Fertilização In Vitro (FIV) é o hiperestímulo ovariano para desenvolvimento folicular. A decisão sobre a escolha de um dos diversos protocolos é difícil, porque os resultados apresentados na literatura são controversos. Considerando obrigação da Universidade avaliar os procedimentos propedêuticos e terapêuticos realizados em suas dependências, foi natural incluir uma análise do custo/benefício no programa de FIV. Para isto foi desenvolvido um estudo descritivo, retrospectivo e comparativo da efetividade e relação custo/benefício de dois protocolos de desenvolvimento folicular, utilizados no Setor de Esterilidade do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Estadual de Campinas (DTG/UNICAMP). O primeiro (protocolo 1) utilizou citrato de clomifeno, Gonadotrofina de Mulher Menopausada (hMG) e Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) e o segundo (protocolo 2) usou análogo de Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (aGnRH), hMG e hCG. Para esta avaliação utilizaram-se como indicadores o nú-mero de folículos maiores ou iguais a 15mm, oócitos recuperados, embriões obtidos, embriôes transferidos e ciclos com transferência. Para a relação custo/benefício utilizou-se o custo dos medicamentos e três hipóteses para o valor estimado das ecografias, dosagens hormonais, coleta de oócitos, laboratório de FIV e transferência de embriões: 500, 2000 e 5000 dólares americanos (US$). O protocolo 2 foi mais eficaz na obtenção de todos os indicadores por ciclo e teve um custo médio menor para os indicadores avaliados quando considerado o valor dos procedimentos. Com a hipótese de US$ 500 para estes procedimentos, os ciclos com transferência tiveram um custo médio menor no protocolo 1. Porém, este teve uma média de embriões transferidos de 1,5 por ciclo, enquanto que no protocolo 2 a média foi de 3,9. visto que um maior número de embriões transferidos aumenta até mais de três vezes a probabilidade de gravidez, concluimos que o protocolo 2 apresentou uma relação custo/beneficio melhor que o protocolo 1

ASSUNTO(S)

fertilização in vitro

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