Avaliação diagnóstica dos métodos Elisa e quimiluminescência como testes de triagem alternativos à imunofluorescência indireta para a detecção de anticorpos antinucleares

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/02/2012

RESUMO

A detecção de anticorpos antinucleares (FAN) desempenha um papel importante no diagnóstico das doenças reumáticas autoimunes (DRAI). Diferentes métodos como imunofluorescência indireta em células HEp-2 (IFI HEp-2), ELISA e quimiluminescência podem ser utilizados para a pesquisa do FAN, embora a IFI HEp-2 seja considerada a técnica padrão ouro. O presente estudo tem como objetivo comparar o desempenho diagnóstico da IFI HEp-2 com o de três kits ELISA e um kit de quimiluminescência, com princípios e composição antigênica diferentes, considerando-se a clínica como padrão de acurácia diagnóstica. Foram avaliados 143 pacientes com diagnóstico de DRAI estabelecida (grupo 1), 166 pacientes portadores de doenças infecciosas e outras doenças reumáticas (grupo 2), 89 indivíduos com suspeita não confirmada de DRAI (grupo 3) e 134 indivíduos saudáveis (grupo 4). A sensibilidade dos testes, determinada no grupo 1, foi de 87,4% para a IFI, e de 62,9% a 90,0% para os demais kits. A especificidade dos testes, determinada no grupo 2, foi de 72,3% para a IFI, e de 45,2% a 90,4% para os demais kits. A concordância dos testes com a IFI variou de regular a moderada. As áreas sob a curva ROC dos testes não foram significativamente diferentes da IFI. A freqüência de resultados positivos da IFI HEp-2 no grupo 4 foi de 13,5%, comparada a freqüências de 6,0% a 36,0% para os outros testes, sendo a diluição de 1:160 definida como o título anormal. No grupo 3, a sensibilidade e a especificidade da IFI foi de 92,0% e 57,8%, enquanto a dos demais testes variou entre 76,0% e 100% e 26,6% e 89,1%, respectivamente. Alguns kits ELISA apresentam sensibilidade diagnóstica comparável ou superior à IFI HEp-2, podendo ser utilizados como métodos alternativos para a triagem do FAN. Amostras positivas devem ser submetidas à IFI para confirmação do resultado e determinação do título e do padrão de fluorescência. Devido a diferenças de sensibilidade entre os kits, é fundamental que uma validação clínica cuidadosa seja realizada antes da sua introdução na rotina diagnóstica.

ASSUNTO(S)

teste imunoenzimático. dissertações acadêmicas decs ensaio de imunoadsorção enzimática decs anticorpos antinucleares decs doenças reumáticas decs estudo comparativo decs sensibilidade e especificidade decs doenças auto-imunes decs imunofluorescência decs estudos de validação decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg.

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