Avaliação das propriedades físico-químicas e funcionais no processamento integral de umê (Prunus mune) / Evaluation of physical-chemical properties during the processing of mume (Prunus mume)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/04/2012

RESUMO

O umê (Prunus mume) é um fruto de caroço que apresenta alta rusticidade e adaptabilidade agrícola, sendo muito estudado como porta-enxerto de pêssegos, nectarinas e ameixas. Embora no Brasil não existam estudos visando o processamento dos frutos, o umê é muito consumido e apreciado em países asiáticos devido às propriedades nutracêuticas relacionadas ao consumo de concentrados de frutos verdes ou flores, por isso, o objetivo do presente trabalho é possibilitar o aproveitamento desta matéria prima pela elaboração de um produto apreciado pelo consumidor brasileiro, com apelo saudável. Foram utilizados frutos de diferentes localidades do Estado de São Paulo, caracterizados segundo suas dimensões, massa e rendimento no despolpamento, bem como seus aspectos botânicos. Os frutos tiveram a sua maturação acompanhada pela cor e após maduros, foram branqueados termicamente, despolpados, desaerados e envasados a quente na planta piloto de Frutas e Hortaliças da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP. Foram realizadas análises de textura instrumental em frutos verdes e maduros. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foram realizadas análises químicas de compostos fenólicos e da atividade antioxidante dos frutos colhidos em cinco diferentes localidades do Estado de São Paulo e em diferentes graus de maturação, bem como as análises reológicas. As dimensões dos frutos (2,0 a 3,6 cm de diâmetro) e suas massas foram significativamente inferiores (6 a 16 gramas) aos valores relatados em trabalhos científicos de autores asiáticos. Os frutos não apresentaram variação significativa do teor de compostos fenólicos e da atividade antioxidante durante a maturação, a partir de sua completa maturação fisiológica (88 dias após a floração), cujos valores foram de 147 a 226 mg catequina/ g base seca e 21 a 34 µMol Trolox/ g base seca, respectivamente. A reologia foi realizada para polpa de umê nas concentrações de 6 a 9 ºBrix, nas temperaturas de 15 a 75 ºC. O comportamento reológico da polpa de umê se mostrou independente do tempo, com comportamento não-Newtoniano e pseudoplástico (Herschel-Bulkley). Apresentou bom ajuste aos modelos reológicos de Herschel-Bulkley, Casson, Bingham e Lei da Potência. A equação de Arrhenius possibilitou o cálculo da energia de ativação para diferentes concentrações de polpa. A consistência da polpa de umê é altamente influenciada pela concentração dos sólidos solúveis do produto. A micro estruturação da polpa com alginato, para adição ao suco clarificado de umê mostrou-se estável com a elevação do pH para valores superiores a 3,5

ASSUNTO(S)

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