Avaliação da resistência à corrosão em aços inoxidáveis ASTM F138 empregados em implantes ortopédicos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A qualidade de componentes biomédicos depende de sua biocompatibilidade e biofuncionalidade. Através de uma metodologia de ensaios e análises é possível prevenir ocorrências de futuros erros, evitando assim possíveis prejuízos aos pacientes. Os aços inoxidáveis austeníticos conformados (ASTM F138) são muito utilizados para implantes ortopédicos por apresentarem boas propriedades mecânicas e resistência à corrosão, além de ter um menor custo em relação a outros materiais biomédicos. Porém materiais não conformes (processados inadequadamente ou provenientes do processo de fundição) são indevidamente utilizados para esta finalidade. Neste estudo avaliou-se a resistência à corrosão de um aço inoxidável austenítico conformado, de acordo com as normas vigentes para próteses. Este foi comparado com um material sensitizado e um fundido, ambos obtidos de próteses que causaram complicações em pacientes, tendo que ser explantados. O meio corrosivo para análise usado foi a solução PBS que se assemelha à composição do fluido fisológico. Através de um potenciostato foi feita uma varredura de potencial nas amostras das próteses para comparar então os valores de potenciais em que ocorrem defeitos devido à corrosão. A microestrutura e a composição química das amostras foram avaliadas por metalografia e espectrometria e, após os ensaios de corrosão, as amostras foram observadas por microscopia eletrônica de varredura. Os resultados mostraram que o material sensitizado apresentou o menor potencial de pite. No material fundido ocorreu corrosão localizada nas dendritas e na região interdendrítica, com potencial de pite razoável. Já a amostra austenítica se mostrou mais resistente ao meio.

ASSUNTO(S)

engenharia metalúrgica

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