Avaliação da dor miofascial em portadores de disfunção temporomandibular e a relação com cortisol e variabilidade da freqüência cardíaca após intervenção fisioterapêutica por laser de baixa potência

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/07/2008

RESUMO

Disfunção temporomandibular (DTM) afeta mais de 25% da população. Recursos fisioterapêuticos como terapia por laser de baixa potência (LLLT) é utilizada para tratar vários tipos de dor, incluindo dor muscular na ATM. As concentrações de cortisol sanguíneo podem estar alteradas na dor crônica devido ao excesso de estimulação do eixo adrenal-hipotalâmico-pituitário. A combinação das secreções dos eixos hipotálamo-hipófise-adrenal e simpático-adrenal constituiria a resposta neuroendócrina aos estímulos estressantes. As alterações da freqüência cardíaca refletem a interação do sistema nervoso simpático e parassimpático e possibilita o estudo do sistema nervoso autônomo a partir do estudo da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC). O estudo objetivou avaliar a dor miofascial em portadores de DTM, sua relação com cortisol sanguíneo e a VFC após intervenção fisioterapêutica por LLLT. Participaram do estudo 15 voluntárias entre 18 e quarenta anos, com DTM miofascial crônica, diagnosticadas pelo RDC/TMD, submetidas ao ECG para avaliar a variabilidade da freqüência cardíaca; à coleta de sangue para quantificar as concentrações do cortisol, ambas antes e após as dez sessões de aplicação da LLLT. A dor e dor à palpação foram registradas na escala analógica visual e na avaliação pelo RDC/TMD, respectivamente. As voluntárias com DTM crônica apresentaram uma diminuição do nível dor e da dor à palpação significante pós-tratamento com LLLT (p <0,001). Houve um aumento significante dos níveis de cortisol sanguíneo após tratamento (p <0,05); da amplitude dos movimentos mandibulares na abertura, principalmente abertura de boca sem auxilio e sem dor (p <0,001); e a variabilidade da freqüência cardíaca no domínio da freqüência apresentou aumento no incremento significativo do VLF e LF no pré-tratamento (p <0,007 e p <0,01) e não significante pós-tratamento (p <0,06 e p <0,1). Esses resultados sugerem que portadoras de DTM muscular crônica mostram níveis mais baixos de cortisol e um maior incremento de atividade do sistema nervoso simpático sobre o coração que se alteraram inversamente na diminuição do quadro álgico após LLLT.

ASSUNTO(S)

desordens temporomandibulares terapia por laser de baixa potência cortisol variabilidade da freqüência cardíaca temporomandibular disorders low-level laser therapy cortisol heart rate variability odontologia

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