Avaliação da assistência a pessoas com hipertensão arterial em Unidades de Estratégia Saúde da Família

AUTOR(ES)
FONTE

Saúde e Sociedade

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-09

RESUMO

OBJETIVO: analisar a assistência a pessoas com hipertensão arterial sistêmica (HAS) prestada por equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) em Blumenau-SC. MÉTODOS: foram entrevistadas 595 pessoas com HAS moradoras da área de 10 ESF. As variáveis estudadas foram: características demográficas e socioeconômicas, estilo de vida, tratamento, comorbidades, adesão ao tratamento, satisfação com o serviço e níveis pressóricos. Na análise, utilizaram-se os testes de "t de Student" e Qui-quadrado. RESULTADOS: a idade média foi 60,6 anos. Houve predomínio do sexo feminino, cor branca, casadas, com até quatro anos de estudo, sem trabalhar, das classes C e D. A média de escolaridade foi maior em pessoas brancas e das classes A e B (p<0,001). Relataram tabagismo 13,1% e consumo de álcool 23,7%. O tempo médio de uso de medicamentos para HAS foi de 127,9 meses, em média 1,9 medicamentos, e a monoterapia com inibidores da enzima de conversão da angiotensina foi o esquema mais frequente (19,6%). Relataram reações adversas 20,6%, que estavam associadas ao maior número de medicamentos (p<0,02). Mais de 90% se mostraram satisfeitos com os serviços. A prevalência de não adesão ao tratamento medicamentoso foi de 53,1%. Apresentaram PA > 140x90mmHg 69,3%. O descontrole pressórico mostrou-se associado a não adesão, sedentarismo e classes C/D/E. CONCLUSÕES: apesar do acesso a consultas e medicamentos e da satisfação dos usuários, os valores elevados de não adesão e dos níveis pressóricos colocam como desafio a melhoria da qualidade da assistência.

ASSUNTO(S)

avaliação em saúde saúde da família tratamento hipertensão arterial

Documentos Relacionados