AvaliaÃÃo in vivo do Ãleo essencial de Lippia sidoides nas apresentaÃÃes farmacÃuticas: bochecho, gel e dentifrÃcio, frente aos Streptococcus mutans em crianÃas com cÃrie / In vivo evaluation of essential oil of Lippia sidoides, in pharmaceutical presentations: cheek, gel and toothpastes, in the inhibition of Streptococcus mutans in children with caries

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/12/2009

RESUMO

Durante um longo perÃodo de tempo, plantas tÃm sido avaliadas como fonte de produtos naturais para prevenÃÃo de doenÃas orais, especialmente cÃrie e doenÃa periodontal. A atividade antimicrobiana dessas plantas tem sido estudada para combater os microorganismos patogÃnicos da boca, dentre elas a Lippia sidoides Cham. Tendo em vista a cÃrie ser a principal doenÃa bucal que afeta crianÃas na idade escolar, deve-se encontrar uma forma segura e eficaz de prevenÃÃo desta doenÃa. O presente trabalho objetivou realizar um ensaio clÃnico randomizado, a partir de um estudo piloto, para avaliar a eficÃcia de trÃs diferentes formas farmacÃuticas, bochecho, gel e dentifrÃcio, do Ãleo essencial de Lippia sidoides Cham, frente a uma das principais bactÃrias relacionadas à doenÃa cÃrie: os Streptococcus mutans. A pesquisa foi realizada em trÃs fases: a primeira consistiu em um estudo piloto no qual 20 pacientes foram randomicamente distribuÃdos em quatro diferentes grupos, com 5 pacientes em cada grupo. O grupo I recebeu tratamento tÃpico com Lippia sidoides bochecho a 0,6%, o grupo II Lippia sidoides bochecho a 0,8%, o grupo III a 1% e o grupo IV usou bochecho a concentraÃÃo de 1,2%. A partir da melhor concentraÃÃo encontrada (0,8%) procedeu-se da mesma maneira com o gel de Lippia sidoides, tambÃm para se verificar a melhor concentraÃÃo (1,4%). A segunda fase do estudo consistiu de 100 crianÃas que foram divididas em cinco diferentes grupos, de forma randomizada. O grupo I recebeu tratamento tÃpico com Lippia sidoides bochecho, o grupo II Lippia sidoides gel, o grupo III clorexidina bochecho, o grupo IV recebeu clorexidina gel e o grupo V recebeu dentifrÃcio de Lippia sidoides. Tratando-se das formulaÃÃes bochecho e gel, a identificaÃÃo de cada substÃncia foi feita com letras de modo a nÃo saber qual antimicrobiano estava sendo aplicado. O paciente tambÃm desconhecia qual substÃncia estava sendo aplicada a ele, garantindo o estudo duplo-cego. Em cada um dos tratamentos com bochecho foram utilizados 5ml, durante 1 minuto, 1 vez ao dia, durante 5 dias consecutivos. Em cada tratamento com gel, foram utilizados 5ml, aplicados em moldeiras individuais por 4 minutos, 1 vez ao dia, durante 5 dias consecutivos. No tratamento com dentifrÃcio foi utilizada uma quantidade correspondente a um caroÃo de ervilha, durante 1 minuto, 1 vez ao dia, durante 5 dias consecutivos. A saliva de cada paciente foi coletada antes de se iniciar o tratamento (D1), no Ãltimo dia do tratamento (D5), 30 dias apÃs o dia 1 (D30), 60 dias apÃs o dia 1 (D60), 6 meses apÃs o inÃcio do tratamento (D180) e 1 ano apÃs o inÃcio do tratamento (D360), para se verificar a eficÃcia das formas farmacÃuticas de Lippia sidoides na reduÃÃo dos Streptococcus mutans. Antes do inÃcio do tratamento foi feito um exame por apenas um examinador atravÃs do mÃtodo visual/tÃtico para se calcular o nÃmero de superfÃcies cariadas, perdidas e obturadas (CPOS) para avaliar o aparecimento de novas lesÃes de cÃrie no decorrer de um ano apÃs o tratamento. A melhor formulaÃÃo encontrada foi o dentifrÃcio, embora quando todas as formulaÃÃes foram comparadas à clorexidina, esta demonstrou possuir maior eficÃcia na reduÃÃo de Streptococcus mutans. Isso nos levou a concluir que o problema poderia estar relacionado ao nÃmero de aplicaÃÃes insuficientes (apenas 1 vez ao dia). Logo, deu-se inÃcio à terceira fase do estudo, que consistiu nos mesmos princÃpios descritos anteriormente, porÃm foram selecionadas apenas 20 crianÃas com cÃrie, que foram submetidas à aplicaÃÃo de dentifrÃcio de Lippia sidoides durante 1 mÃs, com escovaÃÃo 3 vezes ao dia. Outras 20 crianÃas, tambÃm com cÃrie, foram selecionadas para fazerem escovaÃÃo com pasta fluoretada comum, pelo mesmo perÃodo, com o mesmo nÃmero de escovaÃÃes diÃrias. Todas as crianÃas receberam instruÃÃo de higiene de forma padronizada, para que as escovaÃÃes feitas no domicÃlio se aproximassem ao mÃximo da maneira a qual foi estabelecida. A melhor eficÃcia na reduÃÃo dos Ãndices de Streptococcus mutans foi observada no grupo do dentifrÃcio de Lippia sidoides em relaÃÃo ao grupo que utilizou a pasta comum. NÃo foram relatados efeitos colaterais, pelo contrÃrio, alguns responsÃveis relataram melhora no hÃlito das crianÃas que utilizaram o dentifrÃcio de alecrim. Esses dados indicam que a planta estudada pode servir como uma alternativa de baixo custo e culturalmente aceitÃvel para a prevenÃÃo da cÃrie em crianÃas de 6 a 12 anos quando utilizada 3 vezes ao dia na forma de dentifrÃcio.

ASSUNTO(S)

farmacologia lippia clorexidina cÃrie dentÃria crianÃas lippia sidoides chlorhexidine caries children

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