AvaliaÃÃo do estiramento de chapas da liga AA 2024, para trÃs condiÃÃes distintas de tÃmpera.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O processo de estiramento consiste na conformaÃÃo de chapas, barras e seÃÃes laminadas ou extrudadas, pelo "esticamento" do material sobre uma ferramenta (bloco) que contÃm a forma (linha de sistema) desejada. Este processo à utilizado principalmente na fabricaÃÃo de peÃas da indÃstria aeroespacial. Os materiais empregados sÃo ligas de alumÃnio, titÃnio, aÃo e nÃquel. O estiramento de chapas de ligas de alumÃnio, com relaÃÃo à tÃmpera do material, pode ser realizado em trÃs condiÃÃes: com o material recozido (condiÃÃo "O"), com o material na condiÃÃo final de tÃmpera (condiÃÃo "TXXX"), ou apÃs a solubilizaÃÃo do material (condiÃÃo "W"). A utilizaÃÃo de uma ou outra condiÃÃo de estiramento està intimamente ligada à complexidade da geometria da peÃa, à qualidade da ferramenta de estiramento e aos valores de alongamento da liga. O estiramento com o material recozido (condiÃÃo "O") apresenta os melhores resultados com relaÃÃo ao retorno elÃstico (spring back), mas a conformaÃÃo total da peÃa resulta em valores elevados de deformaÃÃo e um ou todos os problemas podem acontecer: ruptura do material, aparecimento de "estrias" (bandas de LÃders) e cascas de laranja (orange peel). A situaÃÃo ideal, em termos de custos de fabricaÃÃo e tempo de execuÃÃo, seria realizar o estiramento da peÃa na condiÃÃo final de tÃmpera do material (TXXX). Entretanto, quando comparadas com os aÃos, as ligas de alumÃnio apresentam valores de alongamento inferiores, o que faz com que este material suporte nÃveis menores de deformaÃÃo. Com nÃveis menores de deformaÃÃo, o retorno elÃstico serà muito grande e a peÃa nÃo atenderà aos requisitos de forma (linha de sistema) necessÃrios para uma montagem adequada. Como uma alternativa para os problemas encontrados no estiramento de chapas nas condiÃÃes "O" e "TXXX", desenvolveu-se uma condiÃÃo intermediÃria, chamada de "W". Esta condiÃÃo à metaestÃvel e à obtida apÃs a solubilizaÃÃo da liga de alumÃnio. O estiramento das chapas de alumÃnio, nessa condiÃÃo metaestÃvel, à uma boa soluÃÃo para as situaÃÃes citadas, ou seja, aparecimento de defeitos superficiais (estrias e cascas de laranja) ou elevado retorno elÃstico ou efeito mola (spring back). Faz-se necessÃrio, entretanto, um conhecimento detalhado do processo de estiramento, para garantir uma faixa de dureza na qual se obtÃm um resultado adequado. Deve-se estirar a chapa para valores de dureza em que nÃo se obtenham defeitos superficiais ou elevados valores de retorno elÃstico. Este trabalho indica que o estiramento da liga AA 2024 apÃs a solubilizaÃÃo (condiÃÃo "W") apresenta valores de retorno elÃstico inferiores aos apresentados pelas outras condiÃÃes avaliadas ("O" e "T3"), sem aumento significativo da rugosidade superficial, o que indica menor susceptibilidade ao aparecimento de defeitos superficiais, como a casca de laranja (orange peel).

ASSUNTO(S)

ligas de alumÃnio chapas de metal processos de conformaÃÃo de metais retorno elÃstico estrutura de aeronaves estiramento resistÃncia por solubilizaÃÃo

Documentos Relacionados