Autoanticorpos em esclerodermia e sua associação ao perfil clínico da doença: estudo em 66 pacientes do sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

FUNDAMENTOS: A esclerodermia é uma colagenose relativamente rara, cujo perfil de autoanticorpos está associado a diferentes manifestações clínicas. A prevalência de autoanticorpos na esclerodermia sofre influência racial e genética. OBJETIVO: Estudar a prevalência dos anticorpos anti-Scl-70, anticentrômero e anti-U1-RNP em pacientes com esclerodermia do sul do Brasil e verificar suas associações às manifestações clínicas. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de análise de 66 pacientes com esclerodermia para presença de anti-Scl-70, anticentrômero (ACA) e anti-U1-RNP e de manifestações clínicas como: Raynaud, cicatrizes estelares, necrose digital, telangiectasias, calcinose, fibrose pulmonar, pleurites, pericardites, miocardiopatias, artralgias e artrites, grau de esclerose da pele, contraturas articulares e atritos de tendão, hipertensão pulmonar, manifestações esofágicas e crise renal. RESULTADOS: A prevalência do anti-Scl-70 foi de 17,8%, a do ACA, de 33,3%, e a do U1 RNP foi de 11,8 %. O anti-Scl-70 estava associado à forma difusa da doença (p=0,015), presença de miocardiopatias (p=0,016) e de cicatrizes estelares (p=0,05); o anticentrômero foi mais comum na forma limitada, embora sem significância estatística e mostrou-se protetor para as miocardiopatias (p=0,005). O anti-U1-RNP foi mais comum nas formas de superposição (p=0,0004). CONCLUSÃO: A prevalência e o perfil de associações clínicas dos autoanticorpos em esclerodermia de pacientes brasileiros assemelham-se aos da literatura mundial.

ASSUNTO(S)

anticorpos antinucleares esclerodermia difusa esclerodermia limitada

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