Atividade antimalárica de bioprodutos de plantas medicinais brasileiras ou moléculas sintetizadas avaliadas contra Plasmodium Falciparum in Vitro e contra Plasmodium Berghei in Vivo
AUTOR(ES)
Isabela Oliveira de Freitas
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
02/03/2011
RESUMO
A seleção e propagação do P. falciparum multi-resistente aos antimaláricos disponíveis e recentemente, do P. vivax cloroquina-resistente, tornam necessária a busca e o desenvolvimento de novos medicamentos. Os principais fármacos utilizados no tratamento da malária humana, quinina e artemisinina, são isolados de plantas medicinais, reforçando a importância da etnofarmacologia, utilizada no presente trabalho, no qual a atividade antimalárica de plantas medicinais brasileiras foi avaliada. Extratos de falsas quinas, Symphyopappus sp, Aspidosperma sp e Kielmeyera variabilis foram avaliados in vitro contra formas sanguíneas de P. falciparum, clone W2, cloroquina-resistente, sendo alguns desses também testados in vivo contra P. berghei. Os métodos in vitro para avaliação da atividade antimalárica utilizados e comparados foram o teste tradicional, baseado na microscopia ótica, e o teste de hipoxantina com incorporação de radioisótopo pelo parasito. O primeiro é sujeito ao erro de interpretação humana e de leitura demorada, enquanto o teste de hipoxantina apresenta leitura semi automatizada, portanto é um método rápido que gera curvas doses-resposta mais precisas. Em paralelo, foram realizados testes de citotoxicidade, com células HepG2, calculando-se índices de seletividade. Entre 26 amostras de falsas quinas, apenas uma (Q26) foi ativa in vitro e in vivo, o extrato de Remijia ferruginea; extratos e frações de Symphyopappus sp foram também ativos. Amostras de três espécies de Aspidosperma sp foram ativas, como o extrato do galho/caule, casca do caule de APM e caule de APT (IC50 ~6g/mL) no teste de hipoxantina, e em especial o extrato bruto de casca da raiz de APP, sendo posteriormente submetido ao fracionamento (frações acetilada, aquosa, AP5 e AP5 ALC) apresentando IC50 entre 3,4 e 8,8g/mL nos testes de hipoxantina. Algumas amostras de K. variabilis, também foram muito ativas, permitiram o isolamento de subfrações e substâncias puras. O teste tradicional (72h de incubação) mostrou maior sensibilidade na detecção de atividade antimalárica que o de incorporação de hipoxantina. No entanto, se conduzidos no mesmo tempo de incubação (42h), o teste de hipoxantina e o tradicional resultaram em índices de atividades semelhantes. Concluímos que o teste de hipoxantina é ideal na busca de antimaláricos em larga escala, sendo necessária determinação da citotoxicidade das amostras ativas para seleção daquelas com melhores índices de seletividade. Alguns extratos de plantas medicinais se mostraram tóxicos.
ASSUNTO(S)
farmacologia bioquímica. farmacologia teses. bioquímica teses. biologia molecular teses. malária decs plasmodium falciparum decs plasmodium berghei decs antimaláricos decs etnobotânica decs hipoxantina decs etnofarmacologia decs quimioterapia decs
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8KYL3VDocumentos Relacionados
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