Atividade antifÃngica in vitro de estatinas sobre espÃcies de Candida e Cryptococcus. / Antifungal activity in vitro of statin on species Candida and Cryptcoccus

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/09/2011

RESUMO

O aumento nos Ãltimos anos de indivÃduos imunocomprometidos, como portadores da SÃndrome da ImunodeficiÃncia Adquirida, de doenÃas malignas, transplantados e outros usuÃrios de terapias imunossupressoras, favorece o surgimento de infecÃÃes oportunistas, principalmente as de teor fÃngico, como a candidÃase e a criptococose. Apesar de a terapia antifÃngica atual ser eficiente na maioria dos casos, algumas vezes fazem-se necessÃrias novas drogas que atuem como alternativa ou como coadjuvantes no tratamento para potencializar o efeito dos antifÃngicos utilizados. As estatinas sÃo fÃrmacos hipolipemiantes mais prescritos mundialmente para doenÃas cardiovasculares. Entretanto, recentemente, tem sido descritos outros efeitos benÃficos destas drogas, como, por exemplo, o controle de infecÃÃes. Este trabalho teve como objetivo determinar a atividade antifÃngica in vitro das estatinas ante 51 cepas de Candida, sendo 16 de C. albicans, 11 de C. krusei, 12 de C. tropicalis e 12 de C. parapsilosis, e 25 cepas de Cryptococcus, sendo 12 de C. gattii e 13 de C. neoformans, por meio de testes de microdiluiÃÃo em caldo, segundo documento M27-A3 padronizado pelo CLSI. O intervalo de concentraÃÃo testado para pravastatina foi de 50 a 0,0977 mg/mL, para sinvastatina, 1 a 0,0020 mg/mL e para atorvastatina, 10 a 0,0200 mg/mL. Pravastatina inibiu 37 leveduras do gÃnero Candida apresentando concentraÃÃo inibitÃria mÃnima (CIM) na faixa de 1,56 a 6,25 mg /mL e as cepas restantes nÃo foram inibidas mesmo na maior concentraÃÃo testada (50 mg /mL), enquanto que sinvastatina e atorvastatina apresentaram atividade antifÃngica sobre todas as 51 cepas avaliadas, apresentando CIMs de 0,02 a 1 mg / mL e 0,04 a 5,00 mg / mL, respectivamente. Para o gÃnero Cryptococcus, apenas 4 cepas foram inibidas ante a pravastatina (CIM = 25 mg / mL), por outro lado, sinvastatina inibiu todas as 25 cepas (CIM = 0,06 a 1 mg / mL), e atorvastatina apenas 8 cepas (CIM = 0,62 a 2,5 mg / mL), sendo que as 17 restantes nÃo foram inibidas mesmo na maior concentraÃÃo testada ( ≥ 10 mg / mL). Foi determinada concentraÃÃo fungicida mÃnima (CFM) de pravastatina sobre 15 cepas do gÃnero Candida (CFM = 3,12 a 25 mg / mL), de sinvastatina sobre 34 cepas (CFM = 0,03 a 1 mg / mL), e de atorvastatina sobre 16 cepas (CFM = 0,04 a 0,31 mg / mL). Para o gÃnero Cryptococcus, das 25 cepas testadas, pravastatina exibiu CFM sobre apenas 3 cepas (CFM = 50 mg / mL), sinvastatina sobre 21 cepas (CFM = 0,12 a 1 mg / mL), e atorvastatina sobre 1 cepa (CFM = 1 mg / mL). Esta atividade inibitÃria in vitro de estatinas sobre espÃcies de Candida e Cryptococcus, abre uma perspectiva importante para a investigaÃÃo do possÃvel uso destas drogas com finalidade antifÃngica in vivo.

ASSUNTO(S)

microbiologia medica inibidores de hidroximetilglutaril-coa redutases antifÃngicos candida cryptococcus hydroxymethylglutaryl-coa reductases inhibitor antifungals candida cryptococcus

Documentos Relacionados