Associação da atividade física e do polimorfismo G894T da enzima óxido nítrico sintase endotelial (NOS3) na prevalência de fatores de risco e morbidades cardiovasculares em idosos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Introdução: estudos epidemiológicos apontaram diferentes fatores protetores e de risco para morbidades cardiovasculares incluindo variáveis ambientais como a atividade física (AF) e genéticas como o polimorfismo G894T da enzima óxido nítrico sintetase endotelial (NOS3/eNOS). Objetivos: investigar a interação entre AF cotidiana e o polimorfismo G894T da NOS3 em idosos que vivem em Gravataí-RS com fatores de risco e morbidades cardiovasculares. Material e métodos: estudo observacional no qual 437 idosos foram avaliados para determinação do polimorfismo G894T do G894T da NOS3 através da técnica de PCR-RFLP com a enzima de restrição Ban II. Destes, 174 foram avaliados quanto ao nível de AF pelo International Physical Activity Questionnary (IPAQ) e história prévia de fatores de risco e morbidades cardiovasculares. Na análise estatística, foram utilizados os testes qui-quadrado ou Exato de Fisher, análise de variância One-Way seguida de teste post hoc de Bonferroni ou teste Student t. Resultados: as freqüências alélicas e genotípicas nos 437 indivíduos foram: G= 0,655, T= 0,345 e GG = 38,8% (169), GT= 53,3% (234) e TT= 7,8%(34); já no grupo dos 174 indivíduos foram: G= 0,672, T= 0,328 e GG= 39,7% (69), GT= 54,6% (96) e TT= 5,7% (09). As freqüências estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg sendo similares às descritas para populações caucasianas. A prevalência do nível de AF foi: SA= 78,0% (136) e IA= 22,0% (38). A prevalência dos fatores de risco e morbidades cardiovasculares foi similar entre os grupos SA e IA e entre os idosos com diferentes genótipos da NOS3 com exceção da obesidade que foi significativamente maior em portadores de pelo menos um alelo T (RC= 2,947; IC95%= 1,519-5,718). Através da análise da interação entre AF e o polimorfismo (feita somente em idosos AS), verificou-se a manutenção da associação entre o alelo T e maior prevalência de obesidade (RC= 3,866; IC95%= 1,777-8,412) e entre o alelo T e menor prevalência de hipertensão arterial sistêmica (RC= 0,110; IC95%= 0,012-0,960). Conclusão: os resultados obtidos sugerem a existência de interação entre o polimorfismo G894T da NOS3 com AF.

ASSUNTO(S)

doenÇas cardiovasculares - prevenÇÃo e controle doenÇas cardiovasculares polimorfismo genÉtico humano medicina atividades motorasÓxido nÍtrico idosos - doenÇas

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