Aspectos funcionais e psicologicos imediatamente apos alta da Unidade de Terapia Intensiva: coorte prospectiva
AUTOR(ES)
Vesz, Patrini Silveira, Costanzi, Monise, Stolnik, Debora, Dietrich, Camila, Freitas, Karen Lisiane Chini de, Silva, Leticia Aparecida, Almeida, Carolina Schunke de, Souza, Camila Oliveira de, Ondere, Jorge, Souza, Dante Lucas Santos, Neves, Taciano Elias de Oliveira, Meister, Mariana Vianna, Barbosa, Eric Schwellberger, Paiva, Marilia Paz de, Carvalho, Taiana Silva, Savi, Augusto, Maccari, Jucara Gasparetto, Cremonese, Rafael Viegas, Ribeiro, Marlise de Castro, Teixeira, Cassiano
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-09
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar aspectos funcionais e psicológicos dos pacientes imediatamente após alta da unidade de terapia intensiva. MÉTODOS: Coorte prospectiva. Na primeira semana após alta da unidade de terapia intensiva, por meio de uma entrevista estruturada, foram aplicados questionários e escalas referentes à avaliação do grau de dependência e da capacidade funcional (escalas de Barthel modificada e Karnofsky), e aos problemas psíquicos (questionário hospitalar de ansiedade e depressão), além da escala de sonolência de Epworth, em todos os sobreviventes com mais de 72 horas de internação na unidade de terapia intensiva, admitidos de agosto a novembro de 2012. RESULTADOS: Nos 79 pacientes incluídos no estudo, houve aumento do grau de dependência após a alta da unidade de terapia intensiva, quando comparados aos dados pré-hospitalização, por meio da escala de Barthel modificada (57±30 versus 47±36; p<0,001). Nos 64 pacientes independentes ou parcialmente dependentes previamente à internação (Karnofsky >40), o prejuízo foi uniforme em todas as categorias da escala de Barthel modificada (p<0,001). Já nos 15 pacientes previamente muito dependentes (Karnofsky <40), o prejuízo ocorreu somente nas categorias de higiene pessoal (p=0,01) e na capacidade de subir escadas (p=0,04). Na avaliação dos distúrbios psicológicos, os transtornos do humor (ansiedade e/ou depressão) ocorreram em 31% dos pacientes e os distúrbios do sono em 43,3%. CONCLUSÃO: Em pacientes internados na unidade de terapia intensiva por 72 horas ou mais, observaram-se redução da capacidade funcional e aumento do grau de dependência na primeira semana após alta da unidade de terapia intensiva, bem como elevada incidência de sintomas depressivos, de ansiedade e distúrbios do sono.
ASSUNTO(S)
qualidade de vida cuidados criticos transtornos do sono alta do paciente
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