Aspectos epidemiológicos, sorológicos e moleculares das hepatites A, B e C em crianças e adolescentes matriculados em creches e escolas do ensino infantil e fundamental da rede municipal na cidade de Santos / Epidemiological, serological and molecular aspects of hepatitis A, B and C in children and teenagers enrolled at municipal daycare facilities, pre-schools and elementary schools in the city of Santos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

06/12/2012

RESUMO

As hepatites virais continuam sendo uma preocupação em nível de saúde pública no Brasil e no Mundo, tanto pelo número de indivíduos atingidos, como pela possibilidade de complicação das formas agudas e crônicas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 170 milhões de pessoas são portadoras crônicas de hepatite C e 350 milhões portadoras crônicas de hepatite B. No Brasil, a estimativa de portadores de hepatite B crônica é de aproximadamente 600 mil pessoas e de hepatite C crônica, 1,5 milhão. Quanto à hepatite aguda A foram confirmados no país, em 2010, 5943 casos. O objetivo deste estudo foi conhecer a prevalência de marcadores sorológicos dos vírus das hepatites A, B e C em crianças e adolescentes matriculados em creches e escolas de ensino infantil e fundamental da rede municipal na cidade de Santos; conhecer os aspectos moleculares dos vírus das hepatites B e C, identificando o genótipo dos dois agentes e estudar modo de aquisição nos casos com sorologias positivas. Tratou-se de um estudo transversal realizado no período de 28 de Junho a 14 de Dezembro de 2007 onde foram coletadas 4680 amostras de sangue colhidas através de punção capilar e ao mesmo tempo aplicado um questionário nos familiares das crianças e adolescentes. Os exames sorológicos foram realizados utilizando a técnica de ELISA. O estudo molecular foi realizado pela técnica de reação em cadeia de polimerase \"in House\". A idade da população estudada variou de 7 meses a 18 anos e 1 m. A prevalência geral do anti-HVA IgG reagente foi de 9,7% e desses 74,6% foi anti-HVA IgM reagente. A prevalência de anti-HVA IgG foi maior entre as crianças mais velhas, meninas, aquelas que brincavam em córregos, sem esgoto em sua moradia, de pais com baixa instrução, de baixa renda familiar e aquelas que não eram moradoras da Orla. A prevalência de anti-HVA IgM, não foi diferente entre as diferentes categorias, exceção feita à faixa etária (pico no primeiros anos e posterior queda) e morro e Zona Noroeste foi mais baixa. A prevalência geral do anti-HBc reagente foi de 0,1%, do AgHBs de 0,02% e do anti-HVC foi de 0,02%. Conclui-se que a prevalência geral em crianças dos marcadores sorológicos para hepatites A, B e C na cidade de Santos foi baixa, quando comparada com os dados de literatura. Apesar dos nossos dados confirmarem uma mudança no perfil epidemiológico da hepatite A, as medidas preventivas atuais quanto ao saneamento, grau de instrução, habitação, ainda permanece com uma deficiência em Santos, cidade balneária com o maior porto do Brasil. A vacinação para hepatite B foi altamente eficaz com a baixa prevalência encontrada dos marcadores sorológicos. A utilização do papel de filtro em estudos epidemiológicos para hepatite A foi eficaz. Entretanto para o vírus da hepatite C ainda necessita de estudos comparativos utilizando sangue venoso, uma vez que a prevalência de crianças infectadas com hepatite C foi muito baixa na cidade de Santos.

ASSUNTO(S)

children criança epidemiologia epidemiology hepatite a hepatite b hepatite c hepatitis a hepatitis b hepatitis c prevalence prevalência

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