AS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO: AMPLIANDO OS ESPAÇOS DA COMUNICAÇÃO PEDAGÓGICA

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Investiga se e como as bibliotecas universitárias federais, a partir da adoção das novas tecnologias da informação e comunicação, têm contribuído para o processo de socialização do conhecimento. Envolvendo a interconexão de três fenômenos - novas tecnologias da informação, bibliotecas universitárias e socialização do conhecimento - que trazem embutidos em sua concretização aspectos sociais, culturais, educacionais, além dos tecnológicos, a pesquisa foi realizada no primeiro semestre de 2001. Teve como sustentação o enfoque qualitativo e usou como instrumento de coleta de dados o questionário, que foi aplicado em dois momentos complementares, com o objetivo de atender às necessidades de resposta às categorias: uso das novas tecnologias da informação e comunicação; fatores que influenciam a socialização do conhecimento; e formação continuada da equipe e orientação aos usuários da biblioteca. Resgata o caminho percorrido pela tecnologia, no decorrer da história da humanidade, evidenciando a ampliação de seu conceito e discutindo seus reflexos em nosso cotidiano. Evidencia a biblioteca universitária como instituição partícipe do processo que concebe a escola e a universidade a partir de uma postura crítico-reflexiva com a função de possibilitar o conhecimento e de criar condições para garantir um desenvolvimento humano sustentável. Contextualiza as bibliotecas universitárias no espaço mundo e no espaço Brasil, procurando direcionar a discussão na perspectiva de que essas devem ampliar sua área de atuação, no que tange à organização e à sistematização do conhecimento, buscando não somente as formas mais apropriadas para seu gerenciamento, mas também formas mais apropriadas para o gerenciamento do conhecimento que acumulam em seu acervo e para o atendimento de seus usuários. Ao focalizar o conhecimento e os espaços nos quais é possível acontecer sua socialização, destaca o papel da universidade como ambiente de aprendizagem que pode contribuir para proporcionar o equilíbrio entre a formação do homem e a tecnologia e, depois, a biblioteca como fórum de interatuação e comunicação do saber e como espaço de múltipla comunicação com a missão de buscar, por meio das novas tecnologias e de outras formas de organização, que não a hoje instituída, alternativas para compartilhar informações e contribuir para que, nas comunidades de troca (salas de aula e laboratórios), haja realmente produção e socialização do conhecimento. Numa perspectiva que procura evidenciar os campos de possibilidades sugeridos pela temática, toma como referencial teórico as concepções de Pierre Lévy, Michel Authier e Manuel Castells para articular as discussões em torno das categorias socialização do conhecimento e novas tecnologias da informação; e de Gilles Deleuze e Félix Guattari para construir a imagem de rizoma como forma de organização mais apropriada às bibliotecas universitárias no enfrentamento das transformações que emergem e modelam a Sociedade da Informação. Tecendo as malhas da rede de interfaces proporcionada pelo rizoma, sintetiza os resultados reconhecendo que as bibliotecas universitárias federais brasileiras devem se revestir como catalizadoras, como espaços de comunicação pedagógica para promover a cooperação entre pessoas e grupos, canalizando o potencial das novas tecnologias da informação e comunicação no sentido de acelerar a socialização do conhecimento estocado em seus ambientes, quer no tradicional, quer no virtual.

ASSUNTO(S)

teoria da classificacao novas tecnologias da informação bibliotecas universitárias automação socialização do conhecimento knowledge socialization university libraries automation new information technology

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