Artes de Contar, ExercÃcio de Rememorar: HistÃria, MemÃria e Narrativa dos Ãndios Pitaguary / Art of Telling, Exercise of Recollecting: History, Memory and Narratives of Pitaguary People

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/02/2002

RESUMO

Arte de Contar, ExercÃcio de Rememorar: HistÃria, MemÃria e Narrativas dos Ãndios Pitaguary à um trabalho de investigaÃÃo antropolÃgica sobre o papel desempenhado pela memÃria num contexto em que processos de identificaÃÃo indÃgena comeÃam a se multiplicar. O estudo assim se debruÃa sobre as narrativas de lideranÃas e contadores de histÃrias residentes na Ãrea que hoje se conhece por TI â Terra IndÃgena Pitaguary. No primeiro capÃtulo, exponho o que aqui denominei de "ir e vir da pesquisa", uma espÃcie de contextualizaÃÃo e relato do trabalho de campo, deixando entrever o modo pelo qual iniciei a pesquisa e o perÃodo no qual desenvolvi cada uma de suas etapas. à tambÃm neste primeiro capÃtulo que apresento os narradores e as situaÃÃes de narraÃÃo, descrevendo alguns dos acontecimentos que julguei importantes durante a pesquisa. No segundo capÃtulo, exponho, ainda que de maneira breve, o quadro em que se construiu o objeto "Ãndios do nordeste" e as vÃrias visÃes que persistem acerca da existÃncia dos mesmos - representaÃÃes, em geral, negativas. AlÃm disso, à tambÃm aà que introduzo uma discussÃo sobre os critÃrios de identificaÃÃo dos grupos Ãtnicos e sua natureza. Em seguida, o capÃtulo se subdivide em dois: parte sobre a regiÃo Nordeste, o Estado do Cearà e, por fim, parte sobre a localidade de Santo AntÃnio dos Pitaguary. A idÃia que norteia tal ordenaÃÃo à a de que se torna necessÃrio, para o entendimento da realidade que se dà na localidade em que vivem os Pitaguary, a compreensÃo daquilo que se passa num cenÃrio mais amplo que à o Estado, o qual, por sua vez, està inserido num contexto ainda maior que à o da RegiÃo Nordeste. Para tanto, faÃo referÃncia aos estudos jà realizados acerca de grupos indÃgenas presentes no Cearà bem como em outros estados da regiÃo nordestina. Ainda no final do segundo capÃtulo, trago para o texto alguns dos documentos existentes sobre o grupo Pitaguary, transcrevendo parte de alguns daqueles que fazem menÃÃo aos nomes das localidades em que habitam (ou habitavam no perÃodo correspondente), aos acidentes geogrÃficos (como rios, serrotes etc.) e atà mesmo a geraÃÃes anteriores que tÃm seus nomes citados por extenso em um dos documentos de registro de terra. ApÃs a tentativa de contextualizar histÃrica e geograficamente o grupo, o terceiro capÃtulo se destina totalmente ao tema das narrativas Pitaguary, explorando seus principais assuntos, interesses e possÃveis sentidos. Assim à que aparecem as narrativas sobre o "tempo da escravidÃo", sobre a "mangueira sagrada", a "natureza", a "caipora", o "TorÃ". Entre a exposiÃÃo de uma e outra narraÃÃo, apresento as idÃias de carÃter teÃrico que orientam a pesquisa a respeito do que vem a ser a memÃria de um grupo ou do seu funcionamento. No quarto capÃtulo, a discussÃo sobre as narrativas ganha continuidade, agora se centrando sobre a passagem do tempo â do passado ao presente. Por essa razÃo, o texto està subdividido em dois pontos: 1) o passado: tempo de negaÃÃo da identidade e 2) o presente: tempo de afirmaÃÃo. Nesses dois tempos que se diferenciam em vÃrios outros, estÃo contidas, primeiramente, as histÃrias que versam sobre o "cativeiro", o aprisionamento dos mais velhos para trabalhar nas construÃÃes do aÃude e da igreja, os conflitos com os inÃmeros senhores fazendeiros e outras. Em segundo lugar, aparecem as narrativas que dizem respeito ao tempo de afirmaÃÃo do grupo. Em geral, sÃo histÃrias voltadas para o relato daquilo que se costumou chamar de "luta" bem como para o evidenciamento do que consideram sinais de distinÃÃo, como o saber do pajÃ, a medicina "da mata" e o auto-aprendizado indÃgena. No quinto e Ãltimo capÃtulo, exponho conceitos importantes para o esclarecimento da relaÃÃo existente entre a memÃria, as narrativas e a identidade do grupo Pitaguary, pensando, ainda, na relaÃÃo que essa memÃria tem com a mobilizaÃÃo polÃtica do mesmo. As referÃncias que me orientam na compreensÃo do conceito de memÃria aparecem neste capÃtulo mais claramente, o qual se ensaia como uma espÃcie de conclusÃo do trabalho, feita logo em seguida

ASSUNTO(S)

identidade antropologia identity narrativa memÃria memory narrative histÃria oral - Ãndios pitaguary tradiÃÃo oral - Ãndios pitaguary oralidade - aspectos sociais - Ãndios pitaguary Ãndios pitaguary - etnologia Ãndios pitaguary â costumes Ãndios pitaguary - identidade Ãtnica Ãndios pitaguary - ritos e cerimÃnias antropologia - Ãndios pitaguary crianÃas indÃgenas - educaÃÃo - maracanaà (ce)

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