Modificações anatômicas e fisiológicas em mudas de Coffea arábica cultivar Siriema submetidas ao déficit hidrico

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. agrotec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-02

RESUMO

Em razão do prognóstico de mudanças climáticas nos próximos anos, a compreensão do déficit hídrico e das respostas fisiológicas de plantas ao mesmo, torna-se uma importante condição para o desenvolvimento de tecnologias, como mecanismos que auxiliem as plantas a suportar períodos mais longos de seca, o que será essencial para a manutenção da produção mundial e brasileira. Neste estudo, objetivou-se avaliar aspectos ecofisiológicos e anatômicos além da atividade da redutase do nitrato em mudas de café Siriema submetidas a quatro tratamentos: irrigadas diariamente, não irrigadas, re-irrigadas 24 horas e re-irrigadas 48 horas após os diferentes períodos de estresse. A ausência de irrigação promoveu redução no potencial hídrico foliar, sendo mais acentuada a partir do nono dia de avaliação. A re-irrigação das mudas promoveu uma recuperação parcial do estado hídrico das plantas. Nas plantas não irrigadas observou-se um aumento na resistência estomatal e diminuição da transpiração, reduzindo a atividade da redutase do nitrato nas folhas. Nas raízes, houve um declínio na redutase do nitrato sob estresse hídrico. Ocorreram modificações na anatomia foliar apenas na espessura da epiderme da face adaxial e parenquimama paliçádico, sendo maior nas plantas controle. A densidade estomatal e razão diâmetro polar e equatorial demonstraram maiores valores nas plantas sob déficit hídrico. Nas raízes, foi observada diferença apenas na espessura do córtex, sendo esta maior no tratamento não irrigado. Dessa forma, o café Siriema sob condições de estresse hídrico apresenta modificações fisiológicas, bioquímicas e anatômicas que contribuem para a tolerância desse genótipo nessas condições.

ASSUNTO(S)

cafeeiro ecofisiologia estresse hídrico redutase do nitrato

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