Análise espacial da distribuição dos casos de dengue e a relação com fatores entomológicos, ambientais e sócio-econômicos no município de São José do Rio Preto, SP , Brasil / Spatial analysis of the distribution of the cases of dengue and the relationship with entomologics, environmental and socioeconomics factors, in the municipal district of São José do Rio Preto, SP, Brazil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Foram georreferenciados 14.554 casos de dengue. As maiores incidências observadas para o período, foram nas áreas 7 e 8 (regiões leste e centro respectivamente). Nessas áreas, a incidência variou de 381 a 432 casos por 100.000 habitantes. O índice de Moran estimado foi 0,2517 com a maioria dos aglomerados espaciais na região leste, seguido das regiões centro e norte. Observou-se que a região que apresentou o maior número de casos de dengue foi aquela com padrão de densidade demográfica, renda e grau de escolaridade médios. A incidência de dengue foi maior em indivíduos na faixa etária dos 15 aos 49 anos e 50 anos e mais, e menor na faixa etária de zero a 14 anos. Com relação à incidência por sexo, observa-se que houve variações pequenas, sendo ligeiramente maior no sexo feminino. Os resultados da análise de Correlação de Pearson para a incidência de dengue sugerem que a influência da precipitação pluviométrica e da temperatura não foram estatisticamente significativas, mas o foram com relação ao índice predial. Analisando-se a distribuição das formas imaturas do mosquito Aedes aegypti em diferentes recipientes, observa-se que o vaso mereceu maior destaque, seguido de lata, pote e frasco. A distribuição espacial da dengue não apresentou padrão uniforme, pois a taxa de incidência variou nas diversas áreas. Altas incidências de dengue foram observadas tanto em áreas com elevado padrão socioeconômico como naquelas com padrão mais baixo. O nível de infestação larvário, estimado pelo Índice Predial foi maior no período chuvoso. Os resultados deste estudo, em relação ao vetor confirmam a característica de espécie oportunista que já foi registrada para o Aedes aegypti em outras regiões. As formas imaturas do inseto, apesar de serem mais freqüentes em alguns tipos de recipientes, por exemplo, os vasos, podem ocupar outros, dependendo da disponibilidade dos mesmos.

ASSUNTO(S)

aedes aegypti georreferenciamento habitats socioeconomics variables dengue aedes aegypti habitats georeferencing análise espacial dengue variáveis socioeconômicas spatial analysis

Documentos Relacionados