Análise dos dados referentes aos acidentes de trabalho por exposição a material biológico com contaminação por hepatites virais "B" e C", em uma capital brasileira

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/08/2012

RESUMO

O acidente de trabalho por exposição a material biológico expõe os trabalhadores ao risco de contaminação por doenças infecciosas, podendo causar incapacidades temporárias e/ou permanentes com acometimentos de ordem física e/ou mental, tornando-se preocupação constante para insituições e trabalhadores.O objetivo deste trabalho foi analisar os acidentes de trabalho por exposição a material biológico que resultaram em contaminação por vírus das hepatites "B" e "C", em uma capital brasileira, analisar a distribuição dos acidentes de trabalho em relação tipo de acidente, natureza da lesão, local de trabalho, notificação do acidente, a situação vacinal para hepatite B, a atividade laboral, material biológico envolvido, classificação etiológica e evolução do caso e verificar fatores associados aos acidentes de trabalho por exposição a material biológico com contaminação por hepatites virais "B" e "C". Optou-se por pesquisa epidemiológica com delineamento transversal. Os dados foram coletados no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) por meio das Fichas de "Investigação Acidente de Trabalho com Exposição à [sic] Material Biológico e Hepatites Virais", do período de 2007 a junho de 2011. Na análise descritiva dos dados, realizou-se na distribuição de frequências e percentuais para as variáveis ocupação, sexo, notificação do acidente via CAT, situação vacinal para hepatite B, escolaridade, classificação etiológica e evolução do caso e a inferência estatística com teste T-Student e Anova. Participantes da pesquisa foram distribuídos em categorias profissionais, sendo 24,44% de técnicos em enfermagem, 64,44% dos profissionais eram do sexo feminino, com idade média de 39 anos. O vínculo de trabalho, 28,88% dos trabalhadores apresentavam carteira assinada. Na notificação do acidente 75,55% dos profissionais não preencheram a CAT. A instituição hospitalar apresentou maior frequência com 92,85%, local onde mais ocorreu exposição ocupacional ao fluido biológico. Quanto ao agente, 35,71% foram causados por agulha sem lúmen em circunstância da administração de medicação endovenosa e subcutânea. O sangue foi presente em 64,29% das exposições e 57,14% dos casos na exposição percutânea. Ndistribuição da ocupação e hepatites virais "B" e "C", a maior prevalência desses vírus foi na categoria "ignorado", com 57,78%, bem como para a imunização para hepatite "B" com 42,22% dos casos ignorados. O período de incubação, 93,33% casos foi menor ou igual a 180 dias, devido exposição a mais de seis meses com 60% das ocorrências, e destas 57,78% evoluíram para hepatite crônica. No teste T- Student não houve significância estatística entre a idade e o sexo, e para o Anova entre as variáveis idade, sexo, situação vacinal, escolaridade e ocupação. Foi estatísticamente significante entre idade e CAT com p=0,004. As características e as condições locais de trabalho da equipe de enfermagem favoreceram a exposição ao risco, sendo passível de prevenção por meio da sensibilização do trabalhador quanto à exposição ao risco biológico, utilização de EPI e práticas educativas para minimização do risco biológico.

ASSUNTO(S)

enfermagem teses.

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