Análise das condições de saúde ocular da população atendida no centro de referência em oftalmologia do hospital das clínicas/UFG / analysis of the heath conditions of the population treated at ophthalmology reference center for the clinical hospital UFG

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

06/12/2011

RESUMO

Há escassez de trabalhos de pesquisa epidemiológica em Oftalmologia com a população do centro-oeste brasileiro. Com o objetivo de identificar a prevalência dessas doenças na região, especificamente em Goiás e Goiânia, que repercutem em cegueira e em deficiência visual, este trabalho analisou 10.060 prontuários de pacientes atendidos no Centro de Referência em Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (CEROF/UFG), selecionados aleatòriamente. Foi feita uma análise do perfil de morbidade ocular na população alvo com relação aos grupos de doenças, acuidade visual, idade, sexo e região de procedência. O estudo também abrangeu a distribuição de consultas nos quatro trimestres do ano, eletivas e na urgência, e o grau de comprometimento visual nas faixas de deficiência visual e cegueira. As doenças predominantes no atendimento eletivo, em relação à amostra total de 10.060 pacientes, foram: catarata (7,24%), pterígio (6,77%), conjuntivite alérgica (3,70%), olho seco (3,36%), doenças de retina e vítreo (3,23%), estrabismo (2,64% e glaucoma (1,94%). No atendimento de urgência as mais prevalentes foram: corpo estranho extraocular (25,5%), conjuntivite infecciosa (23,6%), ceratite e úlcera de córnea (11,3%), pterígio e pingueculite (5,3%) e hemorragia subconjuntival (4,0%). Houve maior prevalência do sexo feminino (63,1%) e das faixas etárias de 0 a 14 (26,8%) anos e de 40 a 49 (20,8%) anos nas consultas eletivas. Nas consultas de urgência predominou o sexo masculino (64,84%) e a faixa etária entre 15 a 39 (51,06%) anos. Os erros de refração foram registrados em 43,08% das consultas sendo astigmatismo o mais encontrado (40,02%) seguido por hipermetropia (36,54%). Foram determinados os índices de baixa visão regional segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os resultados foram comparados com outros estudos realizados no Brasil e no exterior, visando definir a realidade do perfil da saúde ocular regional, como subsídio para estratégias de prevenção, recuperação e tratamento através de políticas de saúde governamentais e orientação do próprio serviço estudado, o CEROF. Conclui-se que o atendimento tanto eletivo quanto de urgência feito no CEROF é similar ao encontrado nas regiões sul e sudeste do Brasil e em países mais desenvolvidos.

ASSUNTO(S)

doenças oculares epidemiologia cegueira prevalência organização mundial de saúde. eye diseases epidemiology blindness prevalence world health organization ciencias da saude

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