Análise da sobrevida e da recidiva neoplásica em pacientes submetidos a transplante de figado por carcinoma hepatocelular : associação com perfil imunohistoquímico e caracteristicas tumorais = Analysis of survival and neoplasm recurrence in patients undergoing liver transplantation for hepatocellular carcinoma / Analysis of survival and neoplasm recurrence in patients undergoing liver transplantation for hepatocellular carcinoma : association with immunohistochemical profile and tumor characteristics

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/08/2012

RESUMO

Introdução: Apesar de sobrevida ao redor de 70% em cinco anos a recidiva do CHC vem suscitando cuidados com índices que variam na literatura entre 6% a 26%. Muitos são os fatores atrelados ao maior risco de recidiva descritos na literatura, sem definição de qual o melhor método que poderia predizer esse evento de alta letalidade. Objetivo: Os objetivos desse estudo foram: avaliar a sobrevida e recidiva tumoral em pacientes submetidos a transplante hepático por CHC e investigar a imunoexpressão dos marcadores imunohistoquimicos: HSP70, Glipican3, Glutamina sintetase, beta-catenina, CK7, Ck19, HepPar1 e PCNA, estudando sua associação com características tumorais e prognóstico de pacientes submetidos a transplante hepático por CHC. Método: Foram estudados 90 pacientes portadores de CHC submetidos a transplante hepático de 1996 a 2010. Foram estudados fatores correlacionados ao aparecimento da recidiva neoplásica como: tamanho da maior lesão, número de lesões, grau histológico, presença de invasão vascular, nível de alfa-feto proteína (AFP) superior a 200 ng/ml e regime de imunossupressão. Foi estudada também a correlação da expressão dos marcadores imunohistoquimicos estudados com cada uma dessas mesmas variáveis. A técnica de estudo imunohistoquimico foi o arranjo em matriz tecidual (TMA). A análise estatística utilizou testes de regressão uni e multivariadas, teste de Cox, teste de Qui-quadrado ou Fisher, teste de Mann-Whitney e para estudo de sobrevida foi utilizado o método de Kaplan Meyer. Resultados: Foi observada recidiva em 7 pacientes (8%).O tempo de cirurgia, quantidade de concentrados de hemácias administrados, valor do MELD calculado no momento da cirurgia e a presença de recidiva foram associados à menor sobrevida. Pacientes com recidiva tumoral apresentaram tendência à presença de invasão vascular, apresentaram maior número de nódulos e maiores nódulos. Em relação aos marcadores imunohistoquimicos pacientes com glutamina sintetase positiva apresentaram tendência à menor sobrevida; e a presença de HepaPar1 negativo apresentou correlação com o aparecimento de recidiva neoplásica. Pacientes com HSP70 positivo apresentaram maior prevalência do grau histológico III. Pacientes com Glipican3 positivo apresentaram nódulos maiores e presença de mais casos com AFP superior a 200 ng/ml. Pacientes com PCNA positivo apresentaram nódulos maiores. Pacientes com HepPar1 negativo apresentaram nódulos maiores e tendência a apresentar mais nódulos. Pacientes com beta-catenina positiva apresentaram maiores nódulos e presença de maior número de pacientes com grau histológico III. Pacientes com CK19 positivo demonstraram tendência a apresentar nódulos maiores (p=0.05). A associação entre beta-catenina e Glipican3 positivos demonstrou correlação com a presença de nódulos maiores com maior evidência estatística do que quando avaliados separadamente (p=0,003). Conclusão: Não foi possível a associação de nenhum desses marcadores com a sobrevida exceto pela presença de glutamina sintetase positiva que apresentou tendência à associação com piora da sobrevida. A imunoexpressão desses marcadores não se correlacionou com o tempo de aparecimento de recorrência tumoral, com exceção da do HepPar1, o qual, quando negativo, correlacionou-se com maior frequência de aparecimento de recidiva. Entretanto, a maioria dos marcadores estudados apresentaram correlação com pelo menos uma das variáveis em estudo, confirmando nossa hipótese de que esses marcadores podem, sim, auxiliar na avaliação do prognóstico de pacientes submetidos a transplante hepático por CHC.

ASSUNTO(S)

liver tumor recurrence immunohistochemical fígado - câncer recorrência tumoral imunohistoquímica

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