Análise da Depressão, dos Fatores de Risco para Sintomas Depressivos e do Uso de Antidepressivos entre Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa
AUTOR(ES)
Cybulski, Cynthia Ajus, Mansani, Fabiana Postiglione
FONTE
Rev. bras. educ. med.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-01
RESUMO
RESUMO Introdução A depressão entre estudantes de Medicina tem sido uma condição prevalente, porém as pesquisas têm sido metodologicamente insuficientes quanto à análise dos fatores de risco envolvidos e ao tratamento dessa população. Objetivos Determinar a prevalência de sintomas depressivos e de seus fatores de risco, assim como do uso de antidepressivos na amostra analisada. Método Para o screening de sintomas depressivos, foi aplicado o Inventário de Depressão de Beck (BDI), e para a adesão medicamentosa, o teste de Morisky-Green-Levine. O teste exato de Fisher unicaudado foi utilizado para variáveis qualitativas e, para as quantitativas, o teste one-way Anova com análise post-hoc pelo teste de Tukey-Kramer. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados Mostraram-se estatisticamente significativas as associações entre sintomas depressivos e frequência de atividades de lazer, estresse, satisfação com o desempenho acadêmico e falta de apoio emocional. Não mostraram associação com sintomas depressivos as seguintes variáveis: sexo, viver sozinho, parceiro fixo, álcool, tabagismo, drogas ilícitas e série do curso . A satisfação com o desempenho acadêmico e o alto grau de estresse não apresentaram significância estatística ao serem relacionados com as séries do curso. Conclusão As prevalências de sintomas depressivos nos acadêmicos de Medicina da UEPG e da utilização de medicamentos antidepressivos vão ao encontro dos dados referentes a acadêmicos de Medicina de outras instituições brasileiras e internacionais. Apresentam-se como fatores de risco para os transtornos depressivos a frequência das atividades de lazer, o estresse, a satisfação com o desempenho acadêmico e a falta de apoio emocional no ambiente acadêmico. A prevalência de depressão a partir da quarta série tendeu a aumentar, e apenas a sexta série diferiu de modo estatisticamente significativo em relação às demais quanto às médias do escore BDI, o que sugere a hipótese de que o final do curso de Medicina é o período que apresenta maior quantidade de fatores estressores e depressivos para o acadêmico.
ASSUNTO(S)
antidepressivos depressão estudantes de medicina transtorno depressivo transtornos do humor prevalência
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