Adolescentes no Brasil : internações hospitalares no Sistema Único de Saúde

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/03/2011

RESUMO

Estudo ecológico com abordagem quantitativa. O objetivo foi analisar o perfil das internações hospitalares de adolescentes pelo Sistema Único de Saúde no Brasil em 2008. A adolescência foi considerada como o período de vida dos 12 aos 19 anos de idade. As informações sobre internações hospitalares foram obtidas através dos arquivos reduzidos das Autorizações de Internação Hospitalar. Os dados foram obtidos do Ministério da Saúde através do DATASUS. O programa computacional Tabwin foi utilizado para o processamento eletrônico e tabulação dos dados. As variáveis de estudo foram relacionadas aos adolescentes, às características das internações hospitalares e dos estabelecimentos de saúde. Foram feitas análise bivariada, taxas e razão de taxas. No referido ano, ocorreram 11.122.672 internações, sendo 9,6% destas correspondentes à faixa etária estudada. A taxa de internação por mil adolescentes foi de 39,6, a região Norte apresentou a maior taxa de internação (53,0). A razão nacional foi 3 adolescentes femininos para 1 masculino. Nas regiões Sudeste e Sul as internações foram maiores nas instituições privadas, nas outras regiões foram nas públicas. A análise de correlação linear de Pearson da taxa de internação foi positiva para as variáveis: taxa de fecundidade e proporção de pobres e negativa com o grau de urbanização, coberturas de plano de saúde e de pré-natal, não houve correlação com o número de leitos por habitantes. As principais causas de internações femininas foram gravidez, parto e puerpério (72,0% das AIH de adolescentes femininas) e as maiores taxas ocorreram nas regiões Norte (75,6%) e Nordeste (75,6%). Para os adolescentes masculinos, as principais causas foram lesões, envenenamentos e outras conseqüências de causas externas (26,6% das AIH de adolescentes masculinos). A maior taxa de internação por essas causas ocorreu na região Sudeste (28,5%). A permanência hospitalar, para ambos os sexos foi inferior a quatro dias. A proporção das internações em unidades de terapia intensiva foi 2,9% para os adolescentes masculinos e 0,8% para as femininas. A taxa de mortalidade foi 0,3 para as adolescentes do sexo feminino e 1,3 para os masculinos. Os resultados desta pesquisa levam a concluir que as condições sócio-econômicas e as relações de gênero determinam as características das internações dos adolescentes e as principais causas de internação.

ASSUNTO(S)

adolescentes - assistência hospitalar adolescentes - cuidados médicos adolescentes - saúde e higiene serviços de saúde pública - aspectos econômicos epidemiologia - pesquisa teenagers hospital care teenagers health care

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