ACUTE PAIN IN POSTOPERATIVE ELECTIVE CRANIOTOMY: characteristics and management of painful phenomenon. / DOR AGUDA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CRANIOTOMIA ELETIVA: caracteristicas e manejo do fenomeno doloroso.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

06/12/2012

RESUMO

Introdução: a dor é um sintoma comum no pós-operatório de craniotomia, o qual compromete a avaliação neurológica e a recuperação cirúrgica. Objetivos: identificar a dor aguda no período pós-operatório de craniotomia em relação às variáveis: localização, intensidade, duração e fatores agravantes; analisar o registro da dor realizado pela equipe de saúde; verificar a prevalência de dor durante a primeira semana pós-craniotomia e suas consequências e caracterizar os fatores envolvidos na ocorrência da dor pós-operatória. Material e Método: trata-se de um estudo observacional, longitudinal com abordagem quantitativa. Desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva e no setor de Neurocirurgia da Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia de Aracaju/SE. A amostra foi probabilística, consecutiva por conveniência, constituída por 100 pacientes submetidos à craniotomia eletiva. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2010 a outubro de 2011. As variáveis analisadas foram sexo, idade, história médica pregressa, indicação da craniotomia, tipo de cirurgia, ocorrência de cefaleia, registro da dor em prontuários, tempo de internamento, fatores agravantes, intensidade da dor, consequências da dor e uso de analgésicos. A sistemática da coleta de dados ocorreu por meio da seleção dos prontuários seguida de análise e entrevistas com pacientes submetidos à craniotomia. Esses pacientes foram avaliados do primeiro ao oitavo dia pós-operatório, e/ou até a alta hospitalar. Desenvolveu-se um modelo de regressão logística múltipla para determinar os fatores que poderiam explicar a presença de dor pós-operatória. Utilizaram-se os Teste Qui-Quadrado, Teste de Fisher e teste-t pareado. Em todo estudo adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: os dados demonstram que 59% dos pacientes eram do sexo feminino, com média de idade 44,6 14,5 anos, 57% eram solteiros. Em 55% dos casos o diagnóstico foi de tumor cerebral e 36% de aneurisma cerebral. A cefaleia foi a principal queixa de dor, caracterizada como moderada e sua prevalência foi de 24,2% no 1 dia pós-operatório (DPO). A dor, na maioria, era do tipo contínua em 76,3% dos pacientes e a posição no leito foi o fator agravante do fenômeno doloroso em 10,9% dos casos. Verificou-se que em 71% dos casos não havia registro da dor pela equipe de saúde. As consequências da dor relatadas pelos pacientes foram: insônia, a capacidade para tossir, apetite diminuído e a deambulação prejudicada. Constatou-se que os analgésicos utilizados foram os anti-inflamatórios não-esteroidais em 75% dos casos e que os mesmos não foram suficientes para o alívio da queixa de dor, tendo em vista que em 22% dos pacientes a dor continuava após analgesia. O modelo final de regressão logística indicou que a idade <45 anos (OR=3.0, p=0.041) e o tempo de cirurgia >4 horas (OR=3.7, p=0.019) foram fatores associados à ocorrência de cefaleia pós-craniotomia. Conclusão: os dados demonstram que a dor prevalente foi a cefaleia, caracterizada como moderada, tipo contínua, os analgésicos não foram eficazes para o alívio da dor e que havia uma subnotificação do registro do fenômeno doloroso. A principal consequência da dor foi à insônia. A idade <45 anos e tempo de cirurgia >4 horas são fatores associados à ocorrência da cefaleia póscirurgia.

ASSUNTO(S)

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