A violência obstétrica no cotidiano assistencial e suas características
AUTOR(ES)
Jardim, Danúbia Mariane Barbosa, Modena, Celina Maria
FONTE
Rev. Latino-Am. Enfermagem
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/11/2018
RESUMO
RESUMO Objetivo: analisar a produção científica sobre a violência obstétrica identificando e discutindo suas principais características no cotidiano da assistência ao ciclo gravídico e puerperal. Método: revisão integrativa da literatura de 24 publicações indexadas nas bases de dados Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, SciVerse Scopus, Web of Science e nas bibliotecas Scientific Electronic Library Online e Biblioteca Virtual em Saúde. Resultados: as publicações concentram-se a partir de 2015 com desenhos metodológicos de natureza quantitativa e qualitativa. Na discussão, primeiramente, aborda-se o conceito de violência obstétrica e suas diferentes formas de ocorrência na assistência. Em sequência, são apresentadas as interfaces do fenômeno com reflexões relacionadas à concepção de gênero, aos diferentes atores envolvidos, à institucionalização, à invisibilidade e à banalização do evento. Por fim, são apresentadas as estratégias de enfrentamento perpassando pela formação acadêmica, pela conscientização das mulheres, pelas propostas de mobilização social, pela construção de políticas públicas e leis. Conclusão: a violência obstétrica retrata uma violação dos direitos humanos e um grave problema de saúde pública, revelada nos atos negligentes, imprudentes, omissos, discriminatórios e desrespeitosos praticados por profissionais de saúde e legitimados pelas relações simbólicas de poder que naturalizam e banalizam sua ocorrência.
ASSUNTO(S)
violência contra a mulher mulheres obstetrícia parto obstétrico exposição à violência revisão
Documentos Relacionados
- VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA
- A violência no cotidiano da prostituição: invisibilidades e ambiguidades
- Assédio moral: a violência perversa no cotidiano
- A violência no espaço escolar: da segurança do cotidiano ao cotidiano da insegurança
- Autonomia para quem? O discurso médico hegemônico sobre a violencia obstétrica no Brasil