A tradição da sátira menipeia nos romances crepusculares de Machado de Assis

AUTOR(ES)
FONTE

Machado Assis Linha

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

Certa crítica literária aponta Memórias póstumas de Brás Cubas como modelo de sátira menipeia na obra de Machado de Assis. O presente estudo procura demonstrar que tal procedimento satírico não foi circunstancial, pois perpassa também os dois últimos romances do escritor, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. O conselheiro Aires – protótipo de narrador tal qual concebido no clássico ensaio de Benjamin – permite elucidar, através de sua erudição, que o recurso de citar narrativas antigas tem o propósito de subversão, ao rebaixar as práticas coevas, num Brasil que adotava as ideias liberais, embora persistisse em ser escravocrata. Os sinais, então, são trocados, o "alto" da tradição subjuga o "baixo" contemporâneo, numa demonstração de espírito tomada de segundas intenções.

ASSUNTO(S)

machado de assis esaú e jacó memorial de aires sátira menipeia

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