A terapêutica endoscópica nas complicações biliares pós-transplante hepático
AUTOR(ES)
Ribeiro, Jeany Borges e Silva, Martins, Fabrício de Sousa, Garcia, José Huygens Parente, Cunha, Adriano César Costa, Pinto, Ricardo Augusto Rocha, Satacaso, Marcus Vallerius, Prado-Júnior, Francisco Paulo Ponte, Pessoa, Ricardo Rangel de Paula
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
RACIONAL: O transplante hepático é o único tratamento efetivo para as hepatopatias crônicas terminais e a taxa de sobrevida tem aumentado nas últimas décadas. No entanto, as complicações biliares têm alta incidência e permanecem como o "calcanhar de Aquiles" do transplante de fígado. OBJETIVO: Avaliar retrospectivamente os resultados do tratamento endoscópico das complicações biliares em pacientes submetidos à transplante hepático. MÉTODOS: Foram avaliados pacientes transplantados hepáticos para realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica por suspeita de complicação biliar. RESULTADOS: Quinze pacientes (11 homens, média de idade de 49,57 anos) foram estudados. Nesse período foram realizadas 36 colangiopancreatografias retrógradas endoscópicas (2,4/paciente). Neste grupo, 100% receberam órgão de doador falecido. Estenose da anastomose coledococoledocociana foi diagnosticada em 13 pacientes e o sucesso da terapêutica endoscópica foi de 53,84% (38,46% ainda em tratamento). Fístula biliar foi diagnosticada em um paciente, sendo resolvida pelo tratamento endoscópico. Disfunção da âmpola hepatopancreaticobiliar com coledocolitíase foi diagnosticada em um paciente, também resolvida pela terapêutica endoscópica. CONCLUSÕES: As complicações biliares pós-transplante hepático são relativamente comuns, com predominância de estenoses. O tratamento endoscópico foi eficaz na maioria dos pacientes desta série.
ASSUNTO(S)
transplante hepático fístula biliar pancreatocolangiografia retrógrada endoscópica