A mulher coronariopata no climatério após a menopausa: implicações na qualidade de vida

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-12

RESUMO

OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida em mulheres com doença isquêmica do coração no climatério após a menopausa. MÉTODOS: O estudo incluiu 100 mulheres após a menopausa, sendo 50 portadoras de doença arterial coronária (DAC) em seguimento no Instituto do Coração (InCor) HC-FMUSP e 50 que não apresentavam doenças associadas (grupo controle) atendidas no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza da FSP - USP. A qualidade de vida foi avaliada mediante a utilização de dois instrumentos: uma entrevista estruturada e a aplicação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida ( SF - 36 ). RESULTADOS: Os grupos eram homogêneos em relação à idade da última menstruação: 49 ±3,9 anos na DAC e 49,2±3 anos no grupo controle. Os grupos também eram similares quanto à escolaridade: 84% possuíam primeiro grau (completo ou incompleto); estado civil: casadas 64% das DAC e 45% do grupo controle e viúvas 18% da DAC e 24% das controle. A atividade profissional fora do lar foi significativamente mais freqüente no grupo controle (52%) e 14% nas DAC (p=0,0001). Ambos os grupos demonstraram percepções semelhantes no que se refere à sexualidade. A avaliação da qualidade de vida pelo SF - 36 mostrou melhores resultados no grupo controle em relação a: capacidade física (84 vs 50,5 na DAC); aspectos físicos (84 vs 45,5); estado geral de saúde (87,2 vs 59,1); vitalidade (69,7 vs 51,4) e escore total dos componentes mentais (70,4 vs 58,6). CONCLUSÃO: A coronariopatia interfere na qualidade de vida das mulheres após a menopausa, limitando a capacidade física e o desempenho das atividades da vida diária, além de intensificar as dificuldades emocionais desse período.

ASSUNTO(S)

qualidade de vida doença arterial coronária climatério

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