A infusão de cascas de romã é efetiva na desinfecção de escovas dentais?

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. odontol. UNESP

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/08/2016

RESUMO

Resumo Introdução Os métodos de descontaminação ou desinfecção de escovas dentais têm sido questionados. Objetivo Este estudo avaliou a eficácia da infusão de cascas de romã como um desinfetante de escovas dentais contra Streptococcus mutans. Material e método Uma amostra de 16 escolares com idade entre 7 e 9 anos realizou escovação dentária cuidadosa, uma vez ao dia por 5 dias/semana durante 4 semanas. Após cada dia de escovação, as escovas foram lavadas e pulverizadas com uma solução desinfetante. Este procedimento foi repetido por 4 semanas utilizando uma das diferentes soluções por semana: água destilada (G1; grupo controle), infusão de casca de romã (Punica granatum Linn) (G2), hipoclorito de sódio a 1% (G3) e digluconato de clorexidina a 0,12% (G4). Após o quinto dia, as escovas foram coletadas para análise laboratorial. As cabeças das escovas foram agitadas em solução salina diluída em 10–1, 10–2,10–3, e 25μL de cada diluição foi semeada em meio de cultura agar mitis salivarius para contagem de unidade formadora de colônias (UFC) de S. mutans. Um examinador calibrado (Kappa = 0,91) realizou a contagem de UFC mL–1 × 104. Os testes de Kruskal-Wallis e de Comparações Múltiplas de Dunn foram usados em um nível de significância de 5%. Resultado G1 apresentou o maior número de UFC (3,9 ± 8,4), seguido de G2 (3,2 ± 4,0). Não foi observado crescimento de S. mutans em G3 e G4. Não houve diferença estatisticamente significante entre G1 e G2 e entre G3 e G4 (p>0,05). Conclusão A infusão de romã foi completamente ineficaz para a desinfecção de escovas dentais contra S. mutans quando comparada às soluções de hipoclorito de sódio a 1% e digluconato de clorexidina a 0,12%.

ASSUNTO(S)

desinfecção escovação dentária punica granatum streptococcus mutans

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