A filosofia de Peirce enquanto fundamento da ética do discurso
AUTOR(ES)
José Luiz Zanette
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
22/05/2012
RESUMO
Habermas, com a publicação dos ensaios de Verdade e Justificação, reelabora a sua pragmática formal em relação às questões filosóficas de verdade, justificação, correção e legitimidade moral. Adota o falibilismo para o conceito de verdade em conformidade com a filosofia de Peirce e indica, para as questões requerentes de correção moral, um realismo epistêmico sem representação que se concilie com um construtivismo moral que não seja, por sua vez, mero contextualismo quando reivindica pretensão de incondicionalidade para a legitimação moral na suposição de um mundo independente e mais ou menos igual para todos. Para esses fins, Habermas conserva, na pragmática formal, uma condição "quase" ideal de fala, o que mantém a tensão entre ideal e empírico. Em complemento, no ajuste de sua ética, Habermas refuta o conceito peirciano da opinião final dos investigadores para assegurar as falíveis proposições tidas como verdadeiras, pois considera essa requisição a priori, diretiva e transcendental, não aplicável ao consenso dos envolvidos nos fenômenos morais. Observa-se, no entanto, que a solução de integração de todas essas questões filosóficas dadas por Habermas, principalmente para a tensão da idealidade dentro de seu viés pragmático, incorpora substanciais elementos da filosofia de Peirce e permite afirmar que, na atualização de sua filosofia moral, há uma extensão e elaboração do que havia de sugestões e raízes no pragmatismo clássico, o que Peirce não realizou
ASSUNTO(S)
filosofia habermas peirce falibilismo Ética pragmatismo. habermas peirce fallibilism ethics pragmatism
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